Os desafios para mobilizar capital privado para as estruturas de blended finance e recomendações para consegui-lo em grande escala são alguns dos temas explorados pela Go Blended, jornada de disseminação de informações e realização de experiências sobre blended finance. A iniciativa é coordenada pela Din4mo, com apoio da ANBIMA, e integra a agenda de atividades da nossa Rede de Sustentabilidade. 

O vídeo sobre o panorama desse mercado explora, ainda, quais são os setores que mais recebem esse tipo de financiamento e quem são os investidores mais ativos. Assista:

Outro vídeo divulgado nesta semana explica o conceito de subsídios na fase de desenho. Esses subsídios são recursos investidos nos projetos antes mesmo da operação de blended finance ser montada, ou seja, quando o projeto ainda está em estágio inicial, na fase de preparação (ou de desenho). 

Esse capital entra no projeto para mostrar aos investidores privados como aquela iniciativa, que poderia ser muito arriscada com investimento direto, tem potencial de ganho se for feita por meio de blended finance – por exemplo, bancando um estudo de viabilidade ou uma prova de conceito do projeto. Esses recursos são comumente investidos por empresas especializadas em estruturas de blended e ajudam a atrair capital privado para as operações. Confira um exemplo prático no vídeo a seguir:

O que é blended finance

Também conhecido como financiamento misto, o blended finance é uma modalidade de investimento que une recursos públicos, de fomento ou filantrópicos a capital privado com objetivo de financiar projetos de impacto positivo social, ambiental ou de desenvolvimento econômico. Essa forma de financiamento sustentável é considerada essencial para o alcance dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU). 

Entenda os conceitos do blended finance

Uma série de vídeos da jornada Go Blended explora conceitos técnicos das estruturas de blended finance com exemplos reais de como eles são aplicados. Assista: 

• O que é blended finance?: apresenta o conceito dessas estruturas e mostra como elas podem alavancar o financiamento de projetos de impacto socioambiental.

• Como o blended finance ajuda a administrar riscos e retornos?: o conteúdo explica o que é o mecanismo de deriskin dessas operações.

• Arquétipo 1 – capital catalítico: o vídeo explica que esse é o capital que permite que a operação aconteça, pois é um dinheiro vindo de investidores que não têm foco em lucro com aquela operação – como bancos de fomento, governos ou investidores filantrópicos, por exemplo.

• Arquétipo 2 – Garantias: o conteúdo mostra como funciona o sistema de garantias que pode acontecer no blended finance, ajudando a absorver possíveis perdas no início dos projetos e mitigando riscos para proteger os investidores privados que aportam recursos nesses projetos. 

Aprofunde-se nesse mercado

Dois relatórios apresentam um panorama do blended finance no mundo e mostram qual o potencial dessas operações na arrecadação de impostos. Confira: 

• Operações de Blended Finance: estudo inédito que analisa a cadeia tributária dessas operações a partir do estudo de três casos práticos, mostrando quantos reais são arrecadados em impostos para cada R$ 1 investido como capital catalítico. As reflexões buscam alcançar e estimular a participação de financiadores públicos nas estruturas de blended finance. 

• State of blended finance 2023 – climate edition: o documento traz um panorama do setor, passando pela visão geral de mercado, tendências de negócios e de investidores, a contribuição com o amadurecimento das finanças sustentáveis e recomendações de especialistas sobre o tema. O documento é a tradução para português da publicação feita anualmente pela Convergence, rede global que produz dados, técnicas e estimula o uso dessas estruturas.

Participe da Rede ANBIMA de Sustentabilidade

A Rede é um fórum plural e colaborativo de fomento à agenda ESG no mercado de capitais. A plataforma atua no mapeamento de tendências; na disseminação de conhecimento; na construção de ferramentas; e no compartilhamento de boas práticas de gestão ESG. 

As atividades são realizadas a partir de quatro pilares alinhados aos ODS: mudança do clima e biodiversidade; direitos humanos e transição para uma sociedade mais justa; mecanismos e instrumentos financeiros; e governança e liderança. A Rede está aberta para profissionais de instituições financeiras (associadas ou não), para especialistas em sustentabilidade, acadêmicos e representantes da sociedade civil. Para integrar o grupo, inscreva-se neste formulário. 

Conheça o ANBIMA em Ação

Essa iniciativa faz parte da agenda estruturante do ANBIMA em Ação, conjunto das principais iniciativas da Associação para 2023 e 2024. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, instituições parceiras, reguladores e lideranças da ANBIMA. Confira aqui as nossas quatro grandes agendas de trabalho: Centralidade do Investidor, Desenvolvimento de Mercado, Agenda de Serviços e Agenda Estruturante.