Podcast Vai Fundo: desafios e oportunidades dos ETFs no Brasil
Enquanto 5 milhões de brasileiros investem em renda variável na B3, os que aplicam em ETFs somam 511 milO mais novo episódio do podcast Vai Fundo traz um panorama sobre os avanços e os desafios de democratização dos fundos de índice, mais conhecidos como ETFs, na sigla em inglês. Para debater esses assuntos, a nossa gerente executiva, Soraia Barros, recebeu Gabriela Shibata, head de Cash Equities Products da B3, e Renato Eid, líder de Estratégias Beta & Investimento Responsável na Itau Asset, para uma conversa.
Desde que foram lançados na bolsa brasileira, há 20 anos, o mercado de ETFs cresceu em número de investidores, quantidade de fundos e em diversificação. Atualmente, 98 ETFs e mais de 200 BDRs de ETFs estão listados na B3. Eles seguem índices diversos, ligados, por exemplo, à renda fixa local e internacional, commodities, moedas e criptomoedas.
Apesar de seu desenvolvimento recente, o mercado de ETFs ainda tem muito a crescer. Enquanto 5 milhões de brasileiros investem em renda variável na B3, os que aplicam em ETFs somam 511 mil. Em 2020, no entanto, esse número era menos da metade (240 mil). “Ainda temos um longo caminho pela frente, e a questão da educação do investidor é um pilar fundamental, mostrando o produto como uma possibilidade atraente”, afirma Gabriela, mencionando o compromisso da B3 com a educação, por meio de cursos, workshops e conteúdo digital, além do aprimoramento constante da experiência do investidor e da expansão da oferta de ETFs no mercado brasileiro.
Entre os benefícios dos ETFs estão sua capacidade de diversificação e variedade de estratégias em um único produto. Isso permite ao investidor expor-se a diferentes setores, temas e regiões sem a necessidade de escolher individualmente os ativos. Além disso, sua taxa de administração costuma ser mais baixa do que a de fundos tradicionais. Quanto à liquidez, o fato de serem negociados em bolsa facilitam a entrada e saída do investimento.
Outra vantagem é a sinergia dos ETFs com a agenda ESG. “É o que chamamos de investimento temático, que é bastante transparente e direto. Outro ponto importante é que os ETFs dão acesso às assembleias. Nós participamos dessas reuniões representando os nossos cotistas, como uma forma de promover melhores práticas e um diálogo construtivo”, afirma Eid. Ele também enfatiza o progresso na regulação desse mercado, destacando que o setor está bem mais estruturado e maduro, e que o seu potencial de crescimento está ligado a uma compreensão mais ampla e clara dos benefícios dos ETFs pelo investidor.
Para saber mais sobre o assunto e ouvir o episódio completo, acesse sua plataforma de áudio preferida: Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer, Spreaker, iHeartrádio, Podcast Addict, Castbox e Podchaser.
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