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Volume administrado por gestores de patrimônio cresce 8,9% e chega a R$ 498,5 bilhões em 2024

Renda fixa avançou 27,6% e ampliou participação nas carteiras

O montante nas mãos dos gestores de patrimônio atingiu a marca de R$ 498,5 bilhões ao final de 2024, um avanço de 8,9% em relação ao fechamento de 2023.   

"Apesar dos desafios da conjuntura econômica, tanto local quanto internacional, a indústria se manteve em crescimento, apoiada em uma estratégia de diversificação, com apelo maior para renda fixa", afirmou Richard Ziliotto, coordenador da nossa Comissão de Gestão de Patrimônio.  

A renda fixa cresceu 27,6%, passando de R$ 173,6 bilhões para R$ 221,5 bilhões. Com isso, a fatia destinada a essas aplicações nas carteiras dos gestores passou de 37,9% para 44,4%. 

Juntos, os fundos de renda fixa, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditório) e os títulos públicos representaram 59% do crescimento da renda fixa. Os primeiros avançaram 22,6%, totalizando R$ 58,6 bilhões ao fim de 2024. Os títulos públicos cresceram 22,4%, somando R$ 38,4 bilhões. Os FIDCs, por sua vez, registraram aumento de 61,8% e terminaram o ano com um montante de R$ 27,4 bilhões.  

Os CDBs (Certificados de Depósito Bancários) somaram R$ 11,7 bilhões, aumento de 37,4% em relação ao fechamento de 2023. Já as debentures tradicionais cresceram 4%, para R$ 11,9 bilhões, na mesma base de comparação.   

Todos os títulos isentos de imposto de renda juntos avançaram 45,4% o ano e somaram R$ R$ 57,3 bilhões. Um dos destaques foram as debêntures incentivadas, que registraram alta de 65,6% e fecharam o ano em R$ 14,5 bilhões.  

As LCIs e as LCAs (Letras de Crédito Imobiliários e do Agronegócio, respectivamente) registraram alta de 60,7%, totalizando R$ 12 bilhões, e de 47,5%, para R$ 11,4 bilhões, nesta ordem. Os CRIs (Certificados de Recebimento Imobiliários) fecharam 2024 com montante de R$ R$ 8,8 bilhões, crescimento de 32% na mesma base de comparação. Os CRAs (Certificados de Recebimento do Agronegócio) avançaram 22,3%, chegando a R$ 6,1 bilhões.  

O crescimento das LIGs (Letras Imobiliárias Garantidas) foi de 16,6%, para R$ 4,4 bilhões. Na contramão dos outros produtos de renda fixa, as Letras Financeiras recuaram 9,5% e fecharam o ano com o montante de R$ 6,7 bilhões.  

Com R$ 14,3 bilhões em investimento, a previdência privada corresponde a 2,9% do volume investido, um avanço de 0,6 ponto percentual em relação ao fechamento de 2023. 

Renda variável cresce, mas perde participação 
 
O volume aplicado em renda variável aumentou de R$ 156 bilhões para R$ 161,4 bilhões. Mas isso não impediu a redução de 34,1% para 32,4% na fatia destinada ao segmento nos portfólios. Os fundos de ações tiveram alta de 5,7%, totalizando R$ 74,2 bilhões. Os FIPs fecharam 2024 com alta de 4,9%, somando R$ 28,7 bilhões. Já as ações ficaram estáveis em R$ 58,1 bilhões.  

Fundos multimercados recuam 

Os instrumentos híbridos, que incluem os fundos multimercados, imobiliários e de índice, os chamados ETFs, recuaram 15,5%, para R$ 97,9 bilhões, e passaram a responder por 19,6% da composição dos investimentos dos gestores. A queda equivale a 5,7 pontos percentuais quando comparada a dezembro de 2023. 

O resultado foi impactado pelo recuo de 23,3% dos fundos multimercados, que fecharam 2024 com R$ 74 bilhões, e respondem por 75% do volume aplicado em híbridos. "Os fundos multimercados continuam sofrendo em meio ao cenário de amplos resgates e dificuldade em entregar retornos consistentes", diz Ziliotto. 

Os fundos imobiliários avançaram 20,3%, totalizando R$ 19,8 bilhões, enquanto os ETFs cresceram 42,1%, para R$ 4 bilhões. 

Tipos de instrumentos  

Entre os instrumentos usados pelos gestão de patrimônio para fazer aplicações, os fundos de investimento avançaram 1,1%, totalizando R$ 316,7 bilhões. O número de fundos, no entanto, caiu 6,3%, para 3.993.

O volume financeiro em carteiras administradas variou positivamente em 25,8%, para R$ 181,8 bilhões. A quantidade cresceu 18,8%, chegando a 30.595 ao final de 2024.  Já o número de gestoras de patrimônio cresceu de 148 para 153. 

Todas as regiões brasileiras crescem 

O volume financeiro e o número de clientes aumentaram em todas as regiões do Brasil. "Há uma tendência de expansão regional na gestão de patrimônio, tanto de casas tradicionais do Sudeste que estão abrindo escritórios em outras praças quanto de novas instituições. Essa regionalização é importante para consolidar a marca e ter uma relação de proximidade com os clientes", afirma Ziliotto. 

O volume financeiro do Sudeste avançou 7,6%, para R$ 389,5 bilhões, e o número de clientes somou 22.211 ao final do ano, alta de 19,8%. No Centro-Oeste, o crescimento foi de 25,9% no volume financeiro, que totalizou R$ 6,3 bilhões, e de 13,5% na quantidade de clientes, que chegou a 2.496. 

No Nordeste, a variação no montante investido foi de 25%, totalizando R$ 45,5 bilhões. A quantidade de clientes chegou a 2.342, com alta de 43%. A gestão de patrimônio no Sul registrou crescimentos de 3,3% no volume financeiro, para R$ 54,6 bilhões, e de 13,3%, no número de clientes, totalizando 4.665. O Norte terminou o ano com R$ 2,5 bilhões em recursos investidos, avanço de 59,5%, e 405 clientes, alta de 67,4% em relação a 2023.