Formadores de mercado ganham novas recomendações
Guia de boas práticas é atualizado para alinhar ainda mais as orientações com a realidade do mercadoPublicamos a nova versão do nosso Guia Técnico de Formador de Mercado, que traz recomendações para a atuação e a contratação dessas entidades provedoras de liquidez. A atualização tem o objetivo de melhorar a qualidade do serviço prestado pelos formadores de mercado que atuam com valores mobiliários de renda fixa no mercado secundário, além de alinhar o texto à Resolução 133 de CVM, que traz regras sobre a atividade.
Os formadores de mercado, também conhecidos como market makers, são instituições que promovem liquidez nos ativos de renda fixa ou variável ao comprar e vender uma quantidade específica dos ativos emitidos e negociá-los continuamente no mercado secundário.
“Hoje, por conta do crescimento do mercado, vários dos títulos que antes precisavam da atuação de formadores já têm a liquidez necessária para um ambiente saudável de negociações. Focamos agora em adaptar as recomendações aos diferentes níveis de liquidez das emissões, subindo a régua nos papeis mais consolidados e incentivando negociações nos títulos que ainda carecem de liquidez” explicou Eric Altafim, nosso diretor.
Entre as novidades, o guia divide os parâmetros da atividade por categoria de rating (classificação de risco) das emissões. Itens como o lote mínimo de atuação do formador, que era de R$ 1 milhão para todos os papéis, foi aumentado para até R$ 3 milhões nas emissões com menos risco. O spread máximo praticado pelos formadores também passa a considerar o risco da emissão, além do tipo de indexador.
Outra novidade está relacionada à alocação mínima do formador, a recomendação é de que ele adquira no mínimo cinco lotes padrão desde o início da atividade.
Histórico
O documento, que foi lançado em 2019, e atualizado em 2020, não é obrigatório, mas ajuda as instituições a manterem boas práticas na atividade, alinhadas com as necessidades de mercado e parâmetros internacionais. Além de orientações básicas, o guia elenca situações em que o formador pode pausar sua atuação.
A iniciativa integra a Agenda de Serviços do ANBIMA em Ação, conjunto das nossas principais ações para o biênio 2023/2024. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, instituições parceiras, reguladores e lideranças da ANBIMA e resultou em grandes agendas de trabalho: Centralidade do Investidor, Estruturante, Serviços e Desenvolvimento de Mercado.