Conscientização sobre a importância da formação de poupança é debatida no Agenda Aberta
Pesquisa Raio X do Investidor foi apresentada em primeira mão durante o encontro
Como contribuir para que a intenção dos brasileiros em investir se concretize? Como estimular os investidores a diversificarem suas aplicações? E como ajudar a população a se preparar financeiramente para a chegada à aposentadoria? Essas questões conduziram o debate de mais uma edição do Agenda Aberta.
O encontro, que colocou nossas agendas em educação e certificação em pauta para análise e sugestões de especialistas, foi realizado na terça-feira, 26. Entre os participantes estavam profissionais de mercado e de instituições de classe, além de pesquisadores acadêmicos, influenciadores digitais e planejadores financeiros.
Neste ano, o Agenda Aberta contou com a apresentação dos resultados da pesquisa Raio X do Investidor, que foi conduzida pela nossa superintendente de Educação e Informações Técnicas, Ana Leoni. O levantamento comprovou o baixo nível de poupança dos brasileiros (apenas 42% da população tinha aplicações financeiras em 2017 e menos de uma em cada dez pessoas acessou esse tipo de produto no mesmo ano) e a falta de atenção com a aposentadoria (quase metade dos brasileiros espera contar com a previdência pública quando chegar nessa fase da vida).
“Nosso objetivo ao realizar pesquisas como o Raio X do Investidor é prover dados e informações de qualidade à sociedade, contribuindo para ampliar o debate e a busca por soluções para a educação financeira no país”, diz Ana Leoni.
A acessibilidade aos investimentos foi um dos temas debatidos pelos participantes. Para parte dos presentes, os nomes dos produtos oferecidos pelos bancos e corretoras ainda carregam aspectos técnicos que comprometem a compreensão daqueles que não estão familiarizados com o mercado financeiro. Para os especialistas, a denominação mais simples e direta desses produtos contribuiria para aproximar o público geral das aplicações.
Os resultados do Raio X do Investidor sobre as expectativas para a aposentadoria também motivaram discussões sobre como estimular os brasileiros a pouparem para essa fase da vida. Para os especialistas, a conscientização passa por mudanças comportamentais. Entre as sugestões propostas, estimular os jovens a guardar dinheiro desde cedo, ainda que com objetivos de curto prazo, ajudaria na criação do hábito e de uma cultura de investimento.
A relação de confiança entre clientes e instituições financeiras foi outro aspecto abordado a partir da pesquisa, uma vez que os resultados mostram que o gerente do banco é a principal fonte de informação para 41% dos investidores brasileiros. Os participantes destacaram a importância da ética e da conscientização dos profissionais sobre seu papel e sua influência. Do lado dos investidores, as sugestões foram em relação à necessidade de ampliar os programas de educação financeira que munam as pessoas de conhecimento sobre o tema.
Educação de investidores e certificação
O Agenda Aberta contou ainda com os balanços das atividades realizadas nos nossos comitês. Aquiles Mosca, presidente do Comitê de Educação de Investidores, explicou que todo o trabalho conduzido pelo grupo tem foco no investidor e no profissional do mercado. Por isso, de acordo com ele, o objetivo é ampliar a conscientização desses dois públicos, a partir da geração de conhecimento e da realização de pesquisas periódicas.
Além da divulgação dos resultados do Raio X do Investidor, está entre as iniciativas do comitê neste ano a Jornada do Investidor. “É uma série de estudos para verificarmos como tornar o universo dos investimentos mais acessível, mais próximo do investidor”, conta Mosca.
Daniel Pfannemuller, nosso gerente de Certificação, apresentou aos participantes as ações realizadas pelo Comitê de Certificação. Destaque à recente parceria com o CFA Institute, que oferece aos profissionais que tenham a certificação internacional CFA (Chartered Financial Analyst), a possibilidade de obterem a CGA (Certificação de Gestores ANBIMA) a partir de um exame específico. “Trabalhamos para que a ANBIMA seja cada vez mais uma referência em desenvolvimento de carreira e qualificação profissional”, diz Pfannemuller.