05. Desempenho do Ano GRI 103-2, 103-3 | 203, 203-1, 203-2

Este capítulo apresenta um resumo do que foi nosso ano. A seguir, estão reportadas as principais iniciativas e projetos desenvolvidos ao longo de 2021. Parte deles integra o Plano de Ação, que norteia as atividades da Associação a cada exercício.

Apresentamos também o trabalho desenvolvido para a nossa equipe interna, com foco em gente, gestão e sustentabilidade. Ao final, o reporte financeiro consolida as demonstrações financeiras do ano fiscal.

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Iniciativas e projetos

No segundo semestre de cada ano, elaboramos o plano de ação que orienta nosso trabalho no ano seguinte. Ele é construído a partir de várias rodadas de conversas com os associados, que nos trazem suas percepções de mercado e demandas que podem entrar na pauta da Associação. Em paralelo, são identificadas as grandes tendências dos mercados brasileiro e internacional.

Ao longo do processo são ouvidas instituições que não ocupam assentos nos fóruns, comissões ou outros grupos da Associação, assim como todas as lideranças destes mesmos organismos que compõem a nossa governança. Assim, garantimos a representatividade dos vários segmentos de mercado e de instituições de diferentes portes e perfis de atuação.

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O resultado é um conjunto de iniciativas que traduz o que o mercado deseja como foco para a ANBIMA naquele exercício. Ao final, o trabalho é validado pela Diretoria. Como o mercado é dinâmico, as iniciativas são reavaliadas permanentemente e novas ações podem, inclusive, ser inseridas no plano.

Em 2021, o plano de ação contou com oito grandes temas divididos em duas agendas: uma intitulada positiva, voltada às necessidades dos segmentos de mercado; e outra chamada de transversal, com assuntos que envolvem todos os setores.

A agenda positiva buscou atender demandas relacionadas ao investidor, ao mercado de capitais, ao mercado secundário e à gestão de recursos. Já a agenda transversal incluiu iniciativas relacionadas à sustentabilidade, inovação, diversidade e tributação.

A seguir, temos um resumo do que foi feito para cada uma delas, acrescido de outras iniciativas relevantes que não integraram o plano de ação.

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Investidor

Em 2021, a agenda em favor do investidor priorizou ações com foco em dar mais transparência e informação às pessoas, seja para a tomada de decisão no momento da aplicação ou para o acompanhamento de suas carteiras.

Um dos marcos foi a entrada em vigor das novas regras para a divulgação da forma de remuneração das instituições na comercialização de produtos de investimento. Esse foi um primeiro passo e as discussões agora estão avançando para que sejam oferecidas cada vez mais informações aos clientes. Sobre esse tema, também encaminhamos sugestões para audiência pública da CVM.

Ainda na linha de facilitar a vida do cliente, com mais transparência, foram elaboradas regras para precificação dos valores de referência dos títulos públicos, CRIs, CRAs e Debêntures, detidos pelo investidor. A partir de janeiro de 2023 as instituições deverão publicar a posição dos clientes com o preço de referência para estes ativos. Assim, eles poderão acompanhar melhor as oscilações de preços da sua carteira.

As atividades dos agentes autônomos de distribuição também mereceram atenção em 2021, qu ando encaminhamos sugestões dentro da audiência pública da CVM sobre o assunto. Como parte da nossa recomendação, propomos ainda a revisão do papel do consultor financeiro, dado que a atividade de aconselhamento vem ganhando cada vez mais relevância no mercado.

O início do open banking no Brasil foi outro tema da nossa agenda em 2021. Enviamos ao Banco Central uma proposta de escopo inicial para o open investment, que é a quarta fase do open banking e trata do compartilhamento de informações sobre investimentos. Sugerimos que o projeto inclua as informações de fundos de investimento, CDBs/RDBs, LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, debêntures, ações, ETFs e tesouro direto. Pensando no investidor, o foco, neste primeiro momento, foram produtos e serviços relevantes para os clientes do varejo.

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Mercado de capitais

Nossa atuação em mercado de capitais se deu tanto na esfera institucional como na regulatória. No âmbito da CVM, contribuímos com o debate para a revisão das regras de ofertas públicas. Nossas propostas foram enviadas em julho e o mercado aguarda a publicação das novas regras em 2022.

Também atuamos junto ao governo para influenciar na aprovação das propostas enviadas à IMK (Iniciativa de Mercado de Capitais), grupo liderado pela Ministério da Economia com o objetivo de promover o desenvolvimento do setor. Encaminhamos diversas pautas que foram incluídas como prioritárias na agenda do fórum.

No campo da securitização, os trabalhos concentraram-se na divulgação de informações. Nesta linha, foi elaborada proposta para os conceitos da padronização de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio). Estes dois produtos também passaram a integrar a base de dados do ANBIMA Data, a nossa plataforma de informações ao mercado. Lá, agora é possível encontrar registros das operações de CRIs e CRAs, como as condições de cada série e da emissão e documentos gerais da oferta.

Ao longo de 2021, outras iniciativas relevantes junto ao mercado foram debatidas em eventos e encontros, entre elas, a própria reforma das normas das ofertas públicas e a consequente atualização do seu respectivo código de autorregulação; bem como o trabalho para implementar as SPACS (Special Purpose Acquisition Companies) no Brasil. Os três principais eventos foram:

Agenda ANBIMA 2021: mercado de capitais

Em live exclusiva para associados foram detalhados vários pontos da agenda da Associação para o ano. A conversa foi liderada pelo nosso vice-presidente José Eduardo Laloni, também presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais, e contou com a participação de Sergio Goldstein, vice-presidente do grupo. O evento foi realizado em 20 de abril e teve 87 visualizações no Workplace.

O Fenômeno das SPACs.

Uma live transmitida em primeira mão aos associados debateu as SPACs, sigla para descrever as companhias de aquisição de propósito específico (tradução do inglês), que tem crescido nos Estados Unidos e chamado a atenção do mundo. Como é na ANBIMA que acontecem as discussões sobre como trazer as SPACs para o Brasil, reunimos um time com experiência: Fersen Lambranho, presidente do Conselho de Administração da GP Investments; e Paulo Gouvêa, CEO da Itiquira Aquisition Corp; que já participaram desses processos no exterior, além de Gustavo Gonzalez, advogado e ex-diretor da CVM; Sergio Goldstein, vice-presidente do nosso Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais A live aconteceu em 28 de maio teve 106 visualizações no Workplace e mais de 500 no YouTube.

Reforma das Ofertas Públicas

Colocada em audiência pública pela CVM em março de 2021, a reforma na norma de ofertas públicas foi debatida em uma live de uma hora mediada por João Camarota, coordenador de GT da ANBIMA. O bate-papo reuniu dois representantes da CVM: Antonio Berwanger, superintendente de Desenvolvimento de Mercado, e Luis Miguel Sono, superintendente de Registros de Valores Mobiliários; além de Fernando Zorzo, sócio do Pinheiro Neto Advogados. Realizado em 22 de junho, o evento teve 121 visualizações no Workplace e mais de 350 visualizações no YouTube.

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Mercado secundário

Nossas iniciativas para desenvolver o mercado secundário focaram em três aspectos: gestão de liquidez, precificação e crédito privado. A definição de regras e procedimentos para gerenciamento de liquidez dos fundos ganhou ainda mais tração no início da pandemia, quando a alta volatilidade acendeu a luz amarela sobre o tema. As novas regras entraram em vigor em dezembro, dando mais clareza aos papéis dos administradores e gestores, além de estabelecer métricas e controles mais aderentes à liquidez dos ativos e ao comportamento dos passivos.

Também colocamos no ar uma ferramenta digital, com acesso exclusivo pelo MAP (Módulo de Aprendizagem e Publicações), para auxiliar as instituições na criação de suas políticas de liquidez. Ela é de utilização gratuita e facultativa. Junto com as novas regras e a ferramenta, lançamos ainda uma matriz de probabilidade de resgates. A aplicação da matriz é voluntária e serve como uma referência para os gestores na hora de estimar os saques de seus fundos.

No campo da precificação, foi iniciada em outubro a divulgação de taxas e de preços indicativos para cotas de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), a partir de uma metodologia desenvolvida especificamente para o produto. A iniciativa contribui para fomentar os mercados primário e secundário destes fundos, com o aumento da transparência e da segurança proporcionadas aos investidores.

No terceiro pilar de atuação em favor do mercado secundário – o de crédito privado – participamos da audiência pública sobre derivativos de crédito e COE de crédito. Como o texto do regulador veio alinhado às expectativas do mercado, boa parte das nossas sugestões apontava alterações pontuais na redação das normas.

Lives sobre política de liquidez

Para auxiliar as instituições na implementação das novas regras para as políticas de liquidez dos fundos, debatemos o assunto nas diferentes etapas de consolidação das normas. Em março, houve uma live que abordou o aperfeiçoamento das métricas do ativo e do passivo e as novas responsabilidades dos administradores e gestores dos fundos. Já em setembro, mais de 450 pessoas participaram da nossa primeira reunião aberta com o mercado sobre as novas regras. Os participantes de 185 instituições esclareceram dúvidas com Ricardo Mizukawa, Fabricio Oliveira e outros membros da Comissão Temática de Gestão de Riscos.

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Gestão de recursos

Três frentes nortearam as iniciativas voltadas para gestão de recursos de terceiros: regulação, autorregularão e transparência. Na primeira, reunimos mais de 160 representantes da indústria de fundos de 73 instituições em grupo de trabalho para debater e consolidar sugestões encaminhadas à CVM na audiência pública que apresentou a proposta da autarquia para o novo marco regulatório da indústria de fundos. As nossas principais sugestões buscaram atender a demanda da indústria sobre a melhor definição das responsabilidades dos agentes, bem como dos investidores por uma maior diversificação dos investimentos, com a ampliação de limites para investimento no exterior e para FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), por exemplo.

Esse trabalho segue em 2022, uma vez que a nova resolução de fundos ainda não foi publicada.

Enquanto isso, revisamos o Código de Administração de Recursos de Terceiros para incorporar mudanças: a revisão das regras para gestão de liquidez, a criação de critérios para a identificação de fundos sustentáveis e de um anexo de FIP (Fundos de Investimento em Participações). Esse anexo substitui o Código de FIP, que mantínhamos em parceria com a ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital) e foi revogado em 1º de janeiro de 2022. Com isso, a autorregulação do produto ficou totalmente sob a governança da ANBIMA.

Sob a ótica da transparência, implementamos o projeto piloto da base de dados da carteira administrada para o recebimento de informações e elaboração de informes. Em 2022, seguiremos as conversas com a CVM para a formalização de um convênio para envio pelo mercado dos dados diários de fundos apenas à ANBIMA, diminuindo os custos de observância da indústria de fundos. Atualmente, as instituições financeiras encaminham essas informações para as duas entidades.

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Sustentabilidade

A Associação lidera e participa de ações relacionadas a sustentabilidade nos mercados financeiro e de capitais há mais de uma década. Nos últimos anos, o assunto ganhou relevância, tornando-se uma agenda urgente para a indústria de gestão de recursos de terceiros. Da mesma forma, tornou-se prioridade para a ANBIMA, com uma pauta orientada por dois pilares: a disseminação de conteúdo e o estímulo à adoção de boas práticas. Ao longo de 2021, os esforços concentraram-se em três principais iniciativas:

  • Aprimorar as bases de dados sobre sustentabilidade, com a realização de uma pesquisa divulgada em dezembro
  • Definir critérios para identificação de fundos ESG e atualizar o Guia ANBIMA ESG: as regras foram divulgadas em dezembro e o guia publicado em janeiro de 2022
  • Propor conteúdo sobre sustentabilidade para incluir nas certificações ANBIMA: novos conteúdos aprovados entram nos exames das certificações em 2022

Retrato da Sustentabilidade no Mercado de Capitais

Coordenada pelo Grupo Consultivo de Sustentabilidade, a pesquisa contou com duas etapas: uma qualitativa, com a participação de 144 executivos de instituições associadas, sendo 72% delas gestoras e 16% bancos. Nesta fase, identificou-se as diferentes percepções e padrões de comportamento do mercado sobre sustentabilidade. Já a segunda etapa quantificou os perfis e mapeou a maturidade desse ecossistema nas práticas ASG. Conheça os resultados da pesquisa aqui.

Fundos sustentáveis: definição, guia e autorregulação

Elaboramos critérios para identificação de fundos sustentáveis via autorregulação. As regras começaram a valer em janeiro de 2022 para fundos de renda fixa e de ações. Os fundos com objetivo/mandato de investimento 100% sustentável podem usar o sufixo IS (Investimento Sustentável) no nome, desde que cumpram todos os critérios e requisitos e não tenham investimentos na carteira que comprometam o mandato de investimento sustentável. Também são reconhecidos os fundos que integram aspectos em seu processo de gestão, mas não têm o investimento sustentável como objetivo principal. Eles não podem usar o sufixo IS, mas têm uma diferenciação dos demais: podem utilizar a frase com o conteúdo “esse fundo integra questões ESG em sua gestão” nos materiais de venda.

Ao longo de 2021, trabalhamos na elaboração da segunda edição do Guia ESG. Ele tem o objetivo de auxiliar os gestores na compreensão das regras da autorregulação, apresentando exemplos práticos positivos e negativos e trazendo referências conceituais sobre o tema.

Sustentabilidade também foi o mote para dois eventos em 2021:

Desafios para adotar os critérios ESG no mercado de capitais (12/3)

Moderada por Cacá Takahashi, da BlackRock, vice-presidente da ANBIMA e coordenador do Grupo Consultivo de Sustentabilidade da Associação, a live abordou as principais dificuldades encontradas pelas instituições para avançar na agenda ESG. O encontro contou com a participação de dois especialistas: Fernanda Camargo, sócia-fundadora da Wright Capital, e Luiz Maia, investor advisor da Brookfield e vice-presidente do Conselho de Ética da ANBIMA. Ambos também participam do Grupo Consultivo de Sustentabilidade.

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Investindo em sustentabilidade (30/6)

Webinar comandado por Gabriel Azevedo, Chefe da Divisão Social, Ambiental e Governança do BID Invest, abordou a emissão de papéis de sustentabilidade e as principais etapas das empresas na hora de estruturar títulos temáticos.

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Diversidade e Inclusão GRI 103-2, 103-3 | 405

Os aspectos sociais ganharam espaço na agenda ESG (Ambiental, Social e Governança), especialmente com o intenso debate a respeito de desigualdade e preconceito que tomou conta da opinião pública nos últimos dois anos. Nesse cenário, os associados demandaram o fortalecimento da atuação da ANBIMA na agenda de Diversidade e Inclusão, dentro do escopo da agenda de sustentabilidade da Associação.

Com o intuito de fomentar e fortalecer ações de Diversidade e Inclusão nos mercados representados pela ANBIMA, representantes de 25 instituições formaram um grupo de trabalho para desenhar a estratégia da Associação para o tema. O primeiro passo do trabalho foi a realização uma pesquisa para entender a percepção das instituições sobre Diversidade e Inclusão, quais as estratégias adotadas por elas para lidar com o tema e qual a expectativa em relação ao papel e atuação da ANBIMA para fomentar a evolução dessa agenda no mercado de capitais.

Os resultados da pesquisa foram conhecidos no final de 2021 e embasaram a construção de um plano de ação que orientará nossa atuação na criação de uma rede de Diversidade e Inclusão que promova a troca de experiências entre as instituições associadas, a definição de boas práticas e benchmarks da indústria e o debate sobre estratégias e iniciativas que contribuam para a evolução da agenda no universo de associados. Após o debate no grupo de trabalho, os resultados da pesquisa foram publicados no início de 2022, de forma a também estimular o debate sobre os resultados com as instituições associadas e outros representantes da sociedade civil. Saiba mais aqui.

Seguimos apoiando iniciativas de instituições associadas ou parceiras que também contribuem para fortalecer a Diversidade e a Inclusão nos nossos mercados. Dentre elas destacamos:

Carta ao Mercado do Programa Diversidade em Conselho – Endossamos, em janeiro de 2021, essa iniciativa criada em conjunto pela B3, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), International Finance Corporation (IFC), Spencer Stuart e Women Corporate Directors (WCD). Trata-se de uma carta aberta para estimular os fundos de pensão, de private equity e presidentes de conselhos de empresas listadas em bolsa a inserir mulheres e outros tipos de diversidade em seus boards e comitês de apoio.
GRI 102-12

Projeto Somamos – Apoiamos o Instituto Febraban de Educação (Infi) nesse projeto para desenvolver capacitação profissional gratuita a jovens negras e negros, melhorar a formação e ampliar as chances e oportunidades no mercado de trabalho, especialmente no setor financeiro. Os conteúdos técnicos do programa incluem aulas preparatórias e exames para a certificação CPA-10.

Projeto + Diversidade – Iniciativa do Instituto Ser + em parceria com o Deutsche Bank, consiste em 250 horas de capacitação online voltada para 30 jovens negras entre 18 e 29 anos. De março a setembro, essas jovens tiveram acesso a conteúdos sobre cidadania, administração, comunicação, mercado financeiro, informática, negritude, gênero e mercado de trabalho. O projeto também ofereceu mentoria profissional com executivos voluntários. As jovens com mais destaque na área realizaram o exame da CPA-10 gratuitamente e, após a certificação, teve início o acompanhamento da empregabilidade de cada uma delas.

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Inovação

Nossa agenda de inovação olhou para as necessidades do investidor e dos associados. Pelo lado do investidor, a proposta enviada ao Banco Central com o escopo inicial do open investment sugeriu que o compartilhamento de informações comece por produtos e serviços relevantes para os clientes do varejo. A iniciativa está detalhada na agenda do investidor.

Ao longo de 2021, avançamos no desenvolvimento de um sandbox associativo – que resultou na análise de um case a ser tratado futuramente em ambiente experimental. O objetivo é trazer para o quadro de associados empresas que possam integrar o nosso ecossistema, sem necessariamente seguir as atuais regras previstas nos códigos de melhores práticas.

A agenda de hackathons e pitch days foi postergada para 2022, dados os desafios de realizar os eventos ainda com as restrições impostas pela pandemia. A ideia de ambos os eventos é aproximar a Associação da comunicade de inovação, selecionando empresas e projetos inovadores que responsam a desafios de negócio da ANBIMA e dos mercados que representamos. Em dezembro de 2021, o processo de seleção dos parceiros para a realização dos eventos foi concluído. Ambos serão agendados ao longo de 2022.

Também criamos critérios de adesão ao ANBIMA Feed que facilitam o acesso de startups a nossas plataformas de dados. Além disso, desde fevereiro de 2021, o serviço de acesso à nossa base de dados oferece um pacote de informações de fundos offshore, disponibilizando referências cadastrais e periódicas desses produtos, incluindo as séries históricas de patrimônio líquido, captações, resgates e movimentações das cotas e das taxas.

Com a inclusão dos fundos offshore, o ANBIMA Feed passou a contar com oito pacotes de informações, que englobam também títulos públicos federais, debêntures, CRIs e CRAs, índices, fundos de investimento regidos pela ICVM 555 e fundos estruturados. A plataforma é uma das maiores do mercado de capitais brasileiro: reúne dados atualizados e apurados diretamente com as instituições financeiras.

Em paralelo às iniciativas para associados e investidores, avançamos também internamente na agenda de inovação. A estratégia priorizou a análise de dados e o uso de metodologias ágeis com o objetivo de fortalecer, principalmente, as iniciativas de educação, de produtos e de relacionamento com os associados.

Os novos projetos foram construídos a partir de técnicas e práticas de gestão que privilegiam agilidade, flexibilidade e colaboração intensa entre áreas. Passamos a experimentar com a formação de squads, equipes multidisciplinares que atuaram em projetos como o ANBIMA Summit, o Partiu Investir e o projeto piloto de sandbox associativo.

Ao mesmo tempo, uma consultoria externa apoiou a continuidade do projeto de robotização de tarefas repetitivas da supervisão, que encerrou o ano com 36 robôs, 11 processos realizados por inteligência artificial e 11 ferramentas digitais.

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Tributação

Com atuação em três agendas – tática, de proteção e propositiva –, mantivemos intensa interlocução com o Executivo e o Legislativo em 2021. Na protetiva, acompanhamos o andamento da reforma tributária. Para buscar avanços e minimizar impactos negativos na tributação dos fundos de investimento, tivemos reuniões com associados, representantes do Ministério da Economia, Receita Federal, Banco Central e com assessorias dos relatores do projeto.

Identificamos na reforma uma chance de simplificar a taxação e facilitar a compreensão dos produtos pelos investidores. O texto enviado ao Senado, porém, retrocedeu em alguns aspectos. Formamos um grupo de trabalho para tratar do tema em 2022.

Na agenda propositiva, discutimos, desde 2020, a Instrução Normativa da Receita Federal 1.585, que regulamenta a tributação dos produtos de investimento. Devido à reforma tributária, esse projeto continua em 2022 – retomamos a proposta para atualização. Ela será avaliada pelo Fórum de Apoio Tributário e, depois, encaminhada à Receita Federal.

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Além das iniciativas que integram o Plano de Ação, outros projetos concentraram nossa atenção em 2021:

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ANBIMA Summit 2021

Com a credibilidade de 20 anos do Congresso de Fundos de Investimento, o ANBIMA Summit estreou em 2021 expandindo horizontes: foram mais de 30 horas de discussões sobre as atividades de gestão, aconselhamento e recomendação de investimentos com a participação de especialistas e referências no mercado.

Realizado de 25 a 29 de outubro, o evento ofereceu gratuitamente a possibilidade de ampliar conhecimento e networking com novas conexões e experiências inovadoras.

O ANBIMA Summit 2021 foi assistido por diferentes plataformas virtuais. O Futuro da gestão de recursos, práticas de sustentabilidade, implementação do open banking, papel dos influenciadores de investimentos no mercado, inovação e desafios macroeconômicos estão entre os temas do congresso que continuam disponíveis no canal do ANBIMA Summit no YouTube.

+ de 118 mil

visualizações nas redes sociais

80 palestrantes

remotos e presenciais em 5 dias de programação

5 mil participantes

cadastrados em plataforma exclusiva para networking online

9,6

foi a nota média de satisfação do mercado

Painéis interativos

e inovadores: entrevistas, debates, TEDs, vídeo-reportagens

40 mil visualizações simultâneas

em transmissões no LinkedIn, Twitter, Facebook, YouTube e no site do evento

Conteúdo acessível

audiodescrição, libras, legendas. Traduções simultâneas em inglês e português

14

patrocinadores

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Educação e certificações GRI

Além certificar os profissionais de mercado, oferecemos aprimoramento contínuo por meio de nossa plataforma de educação, que concentra todos os cursos oferecidos pela Associação. Desde 2020, todos os conteúdos são oferecidos gratuitamente e, no ano passado, reformulamos a ferramenta. As mudanças chegaram ao público no início de 2022: a plataforma funciona no modelo de sistema de gestão de aprendizado ou LMS (learning management system), formato que permite criar, gerenciar e organizar os assuntos por trilhas de aprendizagem. Nessas trilhas é possível consumir o material por níveis de conhecimento e até por competências ou temas específicos.


Ao longo de 2021, os dados de acesso à plataforma foram expressivos:


233.907

inscrições

403.797

usuários

9,24

é a média de páginas acessadas

04:32

média de tempo de navegação

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Os top 5 cursos de 2021:

  • Mercado Financeiro de A a Z
  • Valuation -Avaliação de Empresas
  • Fundamentos de Economia e Finanças
  • Fundos de Investimento
  • Mentalidade Ética

Nossas certificações para profissionais de mercado – CPA-10, CPA-20, CEA e CGA – registram crescimento contínuo, tanto em volume de inscrições como em certificados ativos. Em 2021, os números foram recordes, o que reflete o maior interesse das pessoas e das instituições pelos títulos, que são um claro indicador de melhoria no nível de qualificação dos profissionais.

Acompanhe a evolução dos números das nossas certificações:

dados dados
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Um marco de 2021 foi a entrada em vigor da nova CGA (Certificação de Gestores ANBIMA), reformulada para se adequar à realidade do mercado. Agora são três certificações complementares entre si: a CGE, para o profissional que atua na gestão de fundos estruturados; a CGA (Certificação de Gestores ANBIMA), para os gestores de fundos de renda fixa, de ações, cambiais e multimercados e carteiras administradas; e a CFG (Certificação ANBIMA de Fundamentos em Gestão), certificação de entrada para quem quer trabalhar no mercado de gestão e que não é obrigatória para nenhuma função específica e nem habilita o profissional para ser gestor, mas é pré-requisito para se certificar nas demais, servindo como uma certificação introdutória.

A mudança acompanha as tendências do mercado para uma melhor definição de responsabilidades para os profissionais. Além disso, está totalmente alinhada ao nosso propósito de promover educação continuada.

Os primeiros exames no novo formato começaram em junho. Com a entrada em vigor das novas certificações, todos os profissionais que já eram certificados no modelo anterior passaram automaticamente a serem portadores das três novas certificações.

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Influenciadores digitais GRI 102-43

Ao divulgarem informações mais acessíveis sobre investimentos, a atuação dos influenciadores digitais contribui com o processo de educação financeira dos brasileiros – com ganhos para toda a sociedade. Por isso, em 2020, com apoio do IBPAD (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados), iniciamos um monitoramento diário para entender quem são esses agentes, como se comportam e qual o nível de influência sobre suas audiências.

Esse olhar contribui para a estratégia da Associação de várias formas: identificar tendências do mercado em tempo real, o que pode trazer insumos para os grupos de representação; supervisionar conteúdo publicitário sobre investimentos; aprimorar nossas agendas de comunicação, marketing e educação financeira; e gerar insights para a atuação dos associados.


266 influenciadores

160 mil publicações

74 milhões

de seguidores

Como resultado desse monitoramento, divulgamos um estudo inédito sobre esse universo com dados de setembro de 2020 a fevereiro de 2021. Identificamos 266 influenciadores no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, responsáveis por 160 mil publicações. Eles falam com 74 milhões de seguidores, o que supera o alcance das redes sociais dos principais veículos de notícias do país (69 milhões de seguidores).

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A repercussão do estudo foi positiva junto aos associados e à imprensa, por isso ele será atualizado permanentemente – uma nova edição foi lançada no começo de 2022. Foram publicados outros recortes específicos e iniciada a divulgação de um relatório semanal exclusivo para os associados. O estudo está disponível para download em nosso site e conta com um vídeo no YouTube.



Além disso, em outubro assinamos um convênio para compartilhamento das informações do monitoramento de influenciadores com a CVM. A parceria possibilita que o regulador identifique agentes que ultrapassam o limite da educação financeira e avançam na recomendação de produtos, atividade que exige registro na autarquia.

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Balanço da supervisão

Totalmente adaptada ao trabalho remoto em função da pandemia de Covid-19, nossa atividade de supervisão de mercados manteve-se em plena atividade 2021, com avanços na digitalização de tarefas e na automação através do uso de robôs (RPA) para coleta e análise de dados. Novas ferramentas digitais e sistemas foram contratados e implementados para fortalecer nossa atuação, principalmente na supervisão de fundos de investimento, ofertas públicas e distribuição de produtos de investimentos.

Encerramos 2021 com 1.184 instituições seguindo as regras dos códigos de autorregulação, 17% mais que no final de 2020. Além desse aumento, novos temas adentraram recentemente em nossa autorregulação, como carteiras administradas, novas regras de gestão de liquidez de fundos e fundos de investimentos sustentáveis (ESG), ampliando a complexidade e a abrangência da nossa supervisão.

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Ao longo do ano, foram contabilizados 9,2 mil pedidos de esclarecimentos, quase o dobro na comparação com 2020, e mais de 1,7 mil cartas de orientação (aumento de mais de 50% em relação a 2020), o que reforça o nosso caráter de atuação educativa em temas recentes como carteiras administradas e transparência na remuneração e negociação de COE/CCB (Certificado de Operações Estruturadas/Cédula de Crédito Bancário).

Paralelamente, diversos termos de compromissos foram firmados, o que demonstra o comprometimento das instituições com a melhoria e revisão de práticas que estejam em desacordo com nossas regras, além da instauração. Ainda, foram aplicadas mais de 1,5 mil multas no exercício, sendo que a maioria das irregularidades refere-se a erros e atrasos no envio de informações para registro dos fundos em nossa base de dados. Os recursos captados pelo pagamento de multas são integralmente destinados a custear eventos e ações educacionais promovidos pela ANBIMA.

Importante destacar também a ampliação em 2021 das parcerias com a CVM para o aproveitamento da atividade de supervisão realizada pela ANBIMA em relação a fundos de investimento, ao incluir nossa supervisão de enquadramento/mandato das carteiras dos fundos, e um acordo relativo ao monitoramento de influenciadores digitais que falam sobre investimentos em redes sociais.

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Veja a seguir os principais números da área:

5.108

Pedidos de esclarecimento

1.286

Cartas de orientação

1.017

Multas objetivas

25

PAIs (Procedimentos para Apuração de Irregularidades)

1

Cartas de recomendação

12

Processos

21

Termos de compromisso

5

Jugamentos

4.516

Pedidos de esclarecimento

1.139

Cartas de orientação

1.254

Multas objetivas

12

PAIs (Procedimentos para Apuração de Irregularidades)

3

Cartas de recomendação

14

Processos

14

Termos de compromisso

9

Jugamentos

9.215

Pedidos de esclarecimento

1.772

Cartas de orientação

1.526

Multas objetivas

9

PAIs (Procedimentos para Apuração de Irregularidades)

1

Cartas de recomendação

5

Processos

28

Termos de compromisso

5

Jugamentos

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Eventos

Realizamos em junho a Semana da Autorregulação, com cinco dias de debates sobre diferentes temas de interesse dos associados.

O evento, realizado entre os dias 21 e 25 de junho, teve transmissão on-line exclusiva no Espaço do Associado do Workplace, sempre das 12h às 13h. As lives abordaram assuntos como fundos ASG, distribuição de produtos de investimento, indústria de fundos, estruturação de ofertas públicas e convênios com o regulador.

O conteúdo completo pode ser encontrado em nosso canal do YouTube ou nas plataformas de podcasts Spotify, Deezer, Apple Podcasts e Google Podcasts.

Os bate-papos foram:


138 visualizações no Workplace
+ 440 visualizações no YouTube

112 visualizações no Workplace
+ 160 visualizações no YouTube

107 visualizações no Workplace
+ 270 visualizações no YouTube

115 visualizações no Workplace
+ 130 visualizações no YouTube

102 visualizações no Workplace
+ 170 visualizações no YouTube

Selic: disponibilidade, segurança e integridade

Com 99,96% de disponibilidade em 2021, o Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) operou acima da meta estabelecida para o ano, que era de 99,8%. Apoiamos a operacionalização do sistema do Banco Central, em uma parceria público-privada, há 42 anos.

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Integridade

Outro resultado positivo foi que o IDO (Índice de Desempenho das Ofertas) fechou 2021 com 99,87%, acima da meta de 99%. O indicador mede a disponibilidade dos sistemas que utilizados nos leilões realizados pelo Banco Central.

Para garantir a excelência do sistema, foram substituídos os dispositivos que armazenam informações, atualização feita a cada cinco anos. A troca custou cerca de R$ 2 milhões e aconteceu nos três data centers (dois no Rio de Janeiro e um em Brasília).

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Segurança

O Selic ganhou um novo endereço online: o www.rtm.selic.gov.br, substituindo o www.selic.rtm, desativado em abril. A mudança se deu porque uma regra do CAB Fórum (consórcio de autoridades certificadoras) passou a impedir que os certificadores digitais – que garantem a segurança do site antes que o usuário se conecte – checassem endereços privados. Com o “.gov.br” no final, o domínio do Selic se tornou público e continuou a ser validado por qualquer navegador de internet, trazendo mais segurança e facilidade de acesso.

Outros dois projetos foram colocados de pé: Selic Blindado e Selic Resiliente. O primeiro inclui ações de cibersegurança sempre atualizadas para enfrentar os avanços dos ataques virtuais e manter o Selic seguro. O segundo busca garantir que, ainda que o sistema seja atacado, consiga sair do incidente.

O planejamento estratégico do Selic para 2022 a 2025 prevê a continuidade de ambos os programas, além do desenvolvimento do Selic Conecta. Com metas anuais, o projeto consiste em uma plataforma para compartilhamento de dados do Selic e de participantes, aos moldes do ANBIMA Feed.

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Plataforma de Pre-Matching

Novas funcionalidades foram integradas ao Pre-Matching em 2021, atendendo a pedidos do mercado. Lançada em 2020, a plataforma realiza automaticamente a checagem de informações das operações com títulos públicos.

Em maio, a atualização permitiu que fossem incluídas no sistema, de uma só vez, negociações “um para N” ou “N para um”, ou seja, feitas entre uma parte e diversos compradores/vendedores. A conclusão dos batimentos dessas operações passou a ser possível por partes independentes, evitando que seja preciso esperar que as outras pontas insiram os dados para finalizar a checagem daquela operação. Também foi implementado o chinese wall, em que as instituições podem delimitar o acesso dos participantes ao sistema, mitigando possíveis conflitos de interesses.

Em dezembro, entrou em fase de testes uma ferramenta que permite às instituições dividir as compras de títulos públicos em lotes nos leilões de operações compromissadas do Banco Central – aquelas em que o BC oferta títulos para ajustar a liquidez do mercado.

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Outras iniciativas

No segundo semestre, o Banco Central apresentou informações relativas ao Selic de acordo com as orientações contidas nos Princípios para Infraestrutura do Mercado Financeiro: estrutura de divulgação e metodologia de avaliação (Principles for Financial Market Infrastructures: disclosure framework and assessment methodology). Os PFMI são recomendações internacionais que devem ser seguidas por sistemas de pagamentos, centrais depositárias, sistemas de custódia e liquidação, contrapartes centrais e outras entidades que provêm infraestrutura para as instituições financeiras.

O documento dá clareza ao mercado sobre questões ligadas a governança, operações e gerenciamento de riscos do Selic e descreve os requisitos de infraestrutura do sistema. Isso inclui temas como a regulação que dá base legal às operações, riscos de liquidez e de crédito, disponibilidade e critérios de acesso, entre outros, enquadrados nos 24 princípios recondados pelo BIS (Banco de Compensações Internacionais) e pela Iosco (Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários).

Realizamos a implementação dos depósitos voluntários remunerados, um novo instrumento de política monetária para que instituições financeiras possam depositar recursos no Banco Central, quando desejarem, em troca de uma remuneração acordada previamente. O mecanismo contribuirá para a gestão de liquidez do mercado brasileiro e não deve impactar a dívida pública, ao contrário das operações compromissadas, que são utilizadas atualmente.

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Compliance e Jurídico

Após reformular políticas e normas internas e revisar nosso Código de Ética e Conduta Profissional em 2020, consolidamos o calendário de treinamentos do Programa de Integridade, com uma série de atividades de capacitação para os colaboradores.

A plataforma Be Compliance, ferramenta adotada em 2020 que reúne documentos e políticas relacionadas à ética, concentrou sete dos oito cursos no formato EAD: Código de ética; Conceito básico de Compliance; LGPD – Conceito básico de proteção de dados; Risco de Terceiros; Combate ao assédio moral e assédio sexual; Anticorrupção e Cortesias. Houve ainda um treinamento sobre diretrizes da política de segurança da informação – baseado na série The Inside Man – disponibilizado na plataforma internacional Knowbe4.

Organizamos workshops com especialistas que abordaram temas como políticas anticorrupção, de cortesias e relacionamento com o poder público e de defesa do consumidor. O respeito no ambiente de trabalho (combate ao assédio moral e sexual) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD Lei nº 13.709/2018) também integraram a pauta.

Implementamos o Programa LGPD, com o objetivo de buscar eventuais lacunas e propor planos de melhoria que garantam uma atuação dentro dos limites legais. Outro trabalho intensificado no ano foi referente à PLDFT (Prevenção à Lavagem de Dinheiro e financiamento ao Terrorismo). Assessoramos o Fórum Jurídico no trabalho da Comissão de PLDFT, que conseguiu avanços relevantes junto ao Banco Central para a identificação de beneficiários finais de fundos de investimentos.

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O tema foi amplamente debatido ao longo do ano. Duas dessas lives estão disponíveis no YouTube: Mudanças do conteúdo PLDFT, realizada em março, e Prevenção à lavagem de dinheiro: identificação do beneficiário final em fundos exclusivo, que aconteceu em junho.

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Gente GRI 102-7, 102-8, 103-2, 103-3 | 201, 401, 405

Em 2021, a gerência de Recursos Humanos deu lugar à gerência de Gente, Saúde e Sustentabilidade, criada para melhor refletir as novas responsabilidades da área, especialmente quanto à consolidação de uma estratégia integrada de sustentabilidade. Estruturada para orientar a estratégia ESG dentro de casa, acompanhar e assessorar todas as superintendências da Associação, a gerência apoia ou lidera diferentes iniciativas.

Ao final de 2021, a área trabalhava na definição da nova estratégia de sustentabilidade da Associação, incluindo compromissos públicos atrelados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. A partir de março de 2022 foi iniciado o trabalho de divulgação da estratégia e identificação das ações para colocá-la em prática. Entre as iniciativas associadas à estratégia está a implementação de um robusto programa de diversidade e inclusão, apresentado a seguir.

Censo
de diversidade

Para ampliar a diversidade no quadro de colaboradores, estruturamos um programa interno que teve como ponto de partida a realização de um censo para diagnosticar em que grau de maturidade estamos posicionados com relação ao tema. Confira os resultados:

Amarela
Branca
Indígena
Negra
Profissional
0
193
0
57
Gerencial
0
41
0
4
Estagiário
0
14
0
23
Apoio
0
19
0
14
Total
0
267
0
98
A soma difere do total de 384 colaboradores porque a participação era voluntária.
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Todos os cargos


26,06%

Negra (98)

73,93%

Demais raças (278)

Cargos gerenciais


91,11%

Branca (41)

8,89%

Negra (4)

PCDs por cargo


7

Profissional

4

Apoio

PCDs por gênero


54,55%

Homens

45,45%

Mulheres

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O censo serviu de base para a definição de um plano de ação com metas e métricas, que têm a inclusão racial como prioridade, inclusive atrelando a remuneração variável aos resultados alcançados em Diversidade e Inclusão, sendo uma meta institucional para 100% dos funcionários.

Para desenvolver e executar a iniciativa, contamos com o apoio da consultoria Empodera, especializada em projetos de D&I. Ao longo de uma primeira jornada de dez meses, houve ações de letramento e sensibilização internas, algumas com a participação de 75% dos funcionários. Com esse alto grau de engajamento espontâneo, os avanços foram rápidos.

Criou-se o grupo de Voluntários da Diversidade, com 77 pessoas e, ao final de 2021, a estruturação de quatro grupos de afinidades confirmou mais um passo na consolidação da estratégia. Os grupos focados em Raça, Mulheres na Liderança, Pessoas com Deficiência e LGBTQIA+ têm, cada um, integrantes do Comitê Executivo como sponsors.

Em D&I racial, a meta dentro de quatro anos é chegar a 52% de pessoas pardas e negras na composição do quadro de funcionários. Em 2021, no entanto, antes mesmo da meta ser definida, nosso processo de seleção já se tornou mais inclusivo e foram contratadas 48 pessoas negras ou pardas. Isso reflete o resultado das ações de letramento e sensibilizações internas desenvolvidas ao longo da primeira jornada de dez meses.

Número de admissões de pretos e pardos em 2021:

27

Profissionais

19

Estagiários

2

Apoios

somos 384 funcionários
pessoas

Encerramos 2021 com 384 colaboradores, 7% a mais que no ano anterior. Essas pessoas estão majoritariamente (58,6%) alocadas em São Paulo, cidade que reúne todas as áreas de negócios. No Rio de Janeiro, fica a sede da Associação, com atividades administrativas, jurídicas e de Recursos Humanos, e o escritório do Selic, instalado no prédio do Banco Central.

Todos os funcionários exercem jornadas de oito horas, com exceção dos estagiários, que cumprem seis horas diárias, e os jovens aprendizes, com quatro horas. Tanto os estagiários como os aprendizes recebem todos os benefícios oferecidos aos demais colaboradores. GRI 401-2

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Colaboradores por escritório

225
São Paulo
138
Selic
21
Rio de Janeiro (sede)
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A proporção de gênero entre os colaboradores seguiu praticamente a mesma do ano anterior: 57% de homens e 43% de mulheres. Entre as lideranças, duas das cinco superintendências são comandadas por mulheres.

Em relação à idade, o time é formado por profissionais de todas as idades, sendo que em 2021, 59,6% deles tinham entre 30 e 50 anos. Em dezembro, o mais jovem tinha 18 anos e o mais velho 65 anos. Buscamos dar chances a todos a partir da competência e não na idade, prova disso é que temos um estagiário de 35 anos!

Cargos
por gênero GRI 405-1

masculino
feminino
Superintendentes
3
2
Gerentes
10
9
Coordenadores1
12
8
Analistas
128
95
Assistentes
18
25
Pessoal de apoio
2
3
Estagiários
24
10
Jovens aprendizes
0
2
Total
197
154
masculino
feminino
Superintendentes
3
2
Gerentes
9
9
Coordenadores1
13
10
Analistas
137
95
Assistentes
20
15
Pessoal de apoio
6
3
Estagiários
21
17
Jovens aprendizes
0
1
Total
208
151
masculino
feminino
Superintendentes
4
2
Gerentes
8
10
Coordenadores1
12
9
Analistas
149
111
Assistentes
16
16
Pessoal de apoio
1
3
Estagiários
29
14
Jovens aprendizes
0
0
Total
219
384
1Inclui dois consultores.
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Nossa idade

Superintendentes
0
Gerentes
0
Coordenadores1
0
Analistas
59
Assistentes
5
Pessoal de apoio
0
Estagiários
38
Superintendentes
3
Gerentes
14
Coordenadores1
14
Analistas
171
Assistentes
21
Pessoal de apoio
2
Estagiários
4
Superintendentes
3
Gerentes
4
Coordenadores1
7
Analistas
31
Assistentes
6
Pessoal de apoio
2
Estagiários
0
1Inclui dois consultores.

Tempo
de casa

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Organograma

A equipe divide-se em cinco superintendências: Representação Institucional, Supervisão de Mercados, Inteligência de Dados, Operações e Tecnologia; Comunicação, Educação e Certificação; e Selic. Além disso, são três gerências que respondem diretamente para a superintendência-geral: Controladoria e Administração; Gente, Saúde e Sustentabilidade; e Assessoria Jurídica e Compliance.

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Superintendência-geral
Superintendência
Gerência
estrutura

Superintendência-geral

Zeca Doherty
subordinados
Superintendência-geral
Superintendência
Gerência
estrutura

Superintendência-geral

Zeca Doherty
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Gestão e Serviços Fiduciários
Tatiana Itikawa
Estrutura de Mercados de Capitais
Erika Lacreta
Distribuição de Produtos de Investimento
Luiz Henrique
Operações de Tesouraria
Anna Jimenez
Estudos Regulatórios e Econômicos
Juliana Agostino
Precificação e índices
Hilton Notini
Supervisão de Intermediação e Certificação
Priscilla Sorrentino
Supervisão de Gestão e Serviços Fiduciários
Soraia Barros
Plataforma de Operações
Alessandro Rigon
Soluções Digitais
Bruno Julian
Infraestrutura e Field
Rafael Lolla
Inteligência de Dados
Leonardo Medina
Marketing, Comercial, Rel. com Associados, Projetos & Produtos
Amanda Brum
Certificação e Educação Continuada
Daniel Pfannemüller
Comunicação e Imprensa
Marineide Marques
Operações
Renato Souza
Suporte
Rodolfo Dantas
Desenvolvimento
Adaline Viana
Governança
Adriane Cecílio
Inovação e Arquitetura
Irwin Scott
Fechar

Marca empregadora

Buscamos a consolidação da ANBIMA como marca empregadora por meio de um trabalho comandado diretamente por nosso superintendente-geral com o envolvimento de todas as lideranças. O foco está na formação de pessoas e no estabelecimento de planos de sucessão capazes de atrair e reter talentos.

No campo da formação, a novidade é o programa de estágio, que passou a contar com um projeto de preparação de profissionais para atuarem no mercado financeiro e não necessariamente na Associação. Iniciado em julho, o programa conta com cinco pessoas contratadas para um período de dois anos, durante o qual mudarão de área a cada sete meses e receberão treinamentos técnicos e desenvolvimento de soft skills. Selecionados por consultoria externa, o processo não definiu idade limite para os participantes nem limitou a inscrição a estudantes de universidades de ponta.

Já em recrutamento e seleção, o maior desafio de 2021 refletiu uma particularidade do mercado de trabalho: a contratação de profissionais de tecnologia. Essa questão impactou especificamente a organização dado o momento que atravessamos: a Associação passa por um processo de evolução, focada em consolidar sua vocação como hub de dados para o mercado, incorporando cada vez mais capacidade analítica para qualificar as informações que devolvemos aos associados e à sociedade em geral. A base para isso, além da tecnologia em si, são pessoas – profissionais cuja demanda encontra-se fortemente aquecida.

Por conta disso, investimos também na formação de uma equipe mais digital, com treinamento de lideranças e utilização de metodologias ágeis.

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Trabalho híbrido e seguro GRI 103-2, 103-3 | 403, 403-3, 403-6, 403-8

Enquanto 2020 foi um ano de aprendizado, 2021 foi um ano de estabilidade. Recebemos um bom feedback do mercado sobre a nossa forma de lidar com o trabalho remoto, sem relatos sobre perda de produtividade.

Com isso, o modelo home office iniciado em março de 2020 continuou no primeiro semestre de 2021, com 100% da equipe trabalhando de forma remota. A partir de setembro, uma escala de trabalho híbrido foi criada para os escritórios de São Paulo e do Rio de Janeiro (Mourisco), onde os gestores passaram a atuar presencialmente três vezes por semana e os demais profissionais duas vezes por semana. Seguindo orientações do Banco Central, a equipe do Selic permaneceu em home office, assim como as funcionárias gestantes ou com filhos de até um ano.

A ocupação dos espaços foi mantida em 40% e houve distribuição de máscaras N95 e PFF2, com uso obrigatório nos escritórios. Os colaboradores também foram incentivados a participar da campanha de vacinação para garantir a imunização do maior número de pessoas. Além disso, titulares e dependentes dos nossos planos médicos puderam receber gratuitamente a vacina contra a gripe (H1N1 - influenza).

Proximo
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Resultados econômico-financeiros GRI 103-2, 103-3 | 201

Integração de sistemas e migração de processos analógicos para digitais permitiram ganhos de eficiência operacional pela área de controladoria. O foco foi a redução de custos por meio de automatização de processos e gestão financeira.

Em 2021, registramos a menor inadimplência da história: em julho, o índice alcançou 1,41%. No consolidado do ano, algumas iniciativas favoreceram o caixa da Associação, como:

  • Implantação de uma carteira própria para administrar o caixa, que obteve rentabilidade acima da Selic e do IMA-B;
  • Renegociação de contratos de locação, redução das taxas condominiais e renegociação de contratos com prestadores de serviços;
  • Possibilidade de parcelamento das inscrições para os exames de certificação, que passaram a aceitar pagamento via Pix.

Menor inadimplência da história: em julho, o índice alcançou 1,41%.

A seguir, apresentamos as demonstrações financeiras do exercício. Disponível para download neste link, os resultados foram auditados pela PwC. Depois de três anos de contrato com a KPMG, alternamos a auditoria independente, seguindo as melhores práticas de governança e controladoria.