O Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é um dos pilares do Sistema Financeiro Nacional. Trata-se de uma infraestrutura do mercado administrada pelo Banco Central e operada pela autoridade monetária em parceria com a ANBIMA. O convênio para a cooperação operacional existe desde 1974 e é renovado a cada cinco anos.
O sistema faz a custódia e a liquidação dos títulos públicos federais e o processamento dos leilões de títulos para o Tesouro Nacional e dos leilões de operações compromissadas e contratos de swap para o Banco Central. Além disso, o Selic calcula a taxa Selic diária com base nas operações de financiamento.
Cento e quatro dos nossos colaboradores trabalhavam na operacionalização do Selic no final de 2017, em regime de dedicação exclusiva. A maior parte deles está alocada no prédio do Banco Central, no centro do Rio de Janeiro. Por questões de contingenciamento, o Selic mantém também uma área complementar em outro escritório na cidade. Para garantir a disponibilidade dos serviços, o Selic conta com dois centros de processamento em endereços distintos, além de uma cópia dos dados em Brasília.
Toda a gestão da segurança da informação segue as diretrizes estabelecidas pelo Banco Central. Para garantir que a tecnologia empregada pelo Selic esteja sempre alinhada ao negócio, há um Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação que é plurianual elaborado pelo Demab/BC (Departamento de Mercado Aberto do Banco Central). Os registros das operações seguem elevados níveis de serviço, com a exigência de disponibilidade mínima de 99,8%.
Confira as principais iniciativas de 2017:
- Extrato para clientes na Internet
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Autoavaliação dos 24 princípios do BIS para infraestruturas
do mercado financeiro - Individualização de contas de custódia de clientes residentes
Uma nova infraestrutura de TI foi criada ao longo de 2017 para que os clientes das instituições participantes do Selic possam conferir seus extratos de posição de custódia pela internet. No primeiro trimestre de 2018, será possível consultar de forma consolidada todas as posições de custódia registrada no Selic, sem a intermediação das instituições financeiras, de maneira simples, confiável e segura. O sistema, que funciona separadamente da infraestrutura principal do Selic, foi desenvolvido com o apoio de uma consultoria especializada que utilizou as melhores práticas de segurança da informação.
Realização de autoavaliação do Selic com base nos 24 princípios recomendados pelo BIS/CPSS-Iosco, que constituem um conjunto de boas práticas aplicáveis às infraestruturas do mercado financeiro. Os princípios tratam principalmente de questões relacionadas a base legal, governança, riscos e eficiência.
O BC determinou que todas as contas coletivas de investidores residentes mantidas no Selic, com exceção do Programa Tesouro Direto, deveriam ser individualizadas em 2017. Alinhada com as solicitações do mercado, a metodologia de cálculo para ressarcimento dos custos a que estão sujeitos os participantes do Selic foi alterada para eliminar a cobrança do custo mínimo sobre a custódia de títulos e o custo por inatividade das contas.