O superintendente de Securitização e Agronegócio da CVM, Bruno Gomes, avalia que “o ativo que o agronegócio tem é extremamente tecnológico e avançado”, mas, na outra ponta, no passivo, o setor “ainda está preso àquelas raízes tradicionais” de financiamento.

“O mercado de capitais evoluiu muito, com [o desenvolvimento de] instrumentos, com uma engenharia financeira, às vezes complicada, mas que permite o empreendedor rural conseguir uma taxa mais barata [do que no crédito bancário]”, afirmou Gomes em sua participação no painel "Securitização, CRA e Fiagro” no evento “O Agro e o Mercado de Capitais", realizado pelo IBDA (Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio), pela CVM e pelo IPA (Instituto Pensar Agro) com o apoio da ANBIMA.

O encontro, que faz parte da iniciativa AgroCapitais, aconteceu na Sociedade Rural do Paraná, em Londrina (PR), nesta segunda-feira (18).

No mesmo painel, Renato Barros, coordenador do nosso Grupo de Trabalho do Agronegócio, ressaltou que “é um setor que tem um potencial muito grande de investimento” e lembrou do recente lançamento do guia técnico com indicações de informações mínimas para análise do produtor rural. A publicação da ANBIMA tem o objetivo de padronizar as informações solicitadas para dar agilidade e mais clareza a operações no mercado de capitais que contem com o produtor rural como originador dos créditos.

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José Alves, sócio do VBSO Advogados, Ana Paula Marcelino, head de Relacionamento Empresas Agro da B3, e Carlos Parreira, head financeiro e jurídico da Belagrícola, completaram o painel, que teve a mediação de Christino Aureo, consultor do IPA e ex-deputado federal e relator da Lei do Fiagro.

O objetivo do AgroCapitais é interiorizar o mercado de capitais, de forma a conectar agentes das cadeias produtivas do agronegócio e investidores, apresentando novas fontes de financiamento.

Nosso apoio à iniciativa faz parte dos esforços de facilitar o acesso do agronegócio ao mercado de capitais dentro da Agenda de Desenvolvimento de Mercado do ANBIMA em Ação, um conjunto de medidas que elegemos como prioritárias para o biênio 2023/2024.