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Mercado de capitais é fundamental para democratizar oportunidades de investimento no país

CEOs contam suas experiências de financiamento, destacando qualidade de governança e visibilidade para a empresa

Os benefícios para as empresas que acessam o mercado de capitais são inúmeros, segundo executivos de grandes empresas. “Você passa a ter visibilidade, porque o mercado distribui pesquisas sobre a sua empresa, tem contato permanente com os investidores do Brasil e do mundo e ganha qualidade de governança. Isso dá à empresa acesso a funding do mercado e tira a dependência da indústria bancária”, afirmou o CEO da Localiza, Eugenio Mattar. Junto a ele, outros executivos contaram suas experiências em painel do Congresso Brasileiro de Mercado de Capitais nesta terça-feira (4), em São Paulo.

 

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Da esq. para a dir.: João Vitor Menin (Banco Inter),  Eugênio Matar (Localiza), Piero Minardi (Warbug Pincus) e Ana Carla Abrão (Oliver Wyman)

 

O Banco Inter entrou no mercado de ações recentemente, com a abertura de capital na B3 em abril. “É um prazer saber que o mercado de capitais brasileiro está pronto para casos peculiares como o nosso, que fomos a primeira fintech a fazer um IPO (Oferta Pública Inicial de Ações). Tivemos sucesso e nossas ações têm performado bem”, garantiu o CEO do banco, João Vitor Menin. Ele lembrou que a empresa iniciou, no passado, captando via mercado de dívida, por meio de FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) de crédito consignado: “durante muito tempo era a única forma de funding que tínhamos”.

Piero Minardi, do Warburg Pincus, trouxe para o debate a visão do investidor, esclarecendo a importância do capital de private equity no Brasil. “É um capital que traz crescimento, gera emprego, traz empresas para a formalidade, estimula a governança e aproxima o empresário brasileiro de inovações tecnológicas. Nos últimos anos, todos os IPOs tiveram capital de private equity envolvido, mas precisamos continuar atraindo esse capital e hoje estamos enfrentando dificuldades”, contou.

Os executivos da Localiza e do Banco Inter concordaram que a regulação existente no mercado brasileiro é importante, mas ressaltaram que ela não pode ser tão rigorosa a ponto de travar o acesso de empresas menores. A moderadora Ana Carla Abrão Costa, da Oliver Wyman, lembrou que já está na agenda da CVM, apoiado pela ANBIMA e pela B3, um projeto para reduzir custos de observância – os gastos que as empresas têm para implementar as regras do órgão regulador.

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