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Menos da metade dos brasileiros têm dinheiro aplicado em produtos financeiros

Entre os investidores, 89% aplicam na caderneta de poupança
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Os brasileiros poupam pouco. E isso não é fake news. Em 2017, apenas 9% aplicaram em produtos financeiros e menos da metade da população (42%) tinha algum dinheiro guardado ao final do ano passado. Esse é um dos resultados da nossa pesquisa que traçou o raio X do investidor brasileiro, bem como as intenções da população em investir daqui para frente.

+: Confira todas as informações da pesquisa em página especial e baixe o relatório completo

“Para termos uma atuação cada vez mais efetiva em educação financeira, precisamos conhecer a fundo o comportamento da população e as motivações dos investidores na hora de aplicar o dinheiro”, explica Ana Leoni, nossa superintendente de Educação e Informações Técnicas. A pesquisa é uma das ações com objetivo de entendermos as razões para a baixa poupança do brasileiro.

Um dos principais motivos para as pessoas não investirem é a falta de dinheiro. Apenas 32% da população conseguiu economizar no ano passado e, deste universo, menos da metade (42%) aplicou em produtos financeiros. O restante utilizou a grana de forma bastante pulverizada: comprou casa ou carro, reformou o apartamento, viajou, focou nos estudos, pagou dívidas, entre outros.

No entanto, o estudo mostrou que os brasileiros consideram investimento um conceito bem mais amplo, indo além dos produtos financeiros. Quando perguntamos às pessoas se elas investiram em 2017, 25% disseram que sim, sendo que apenas 9% fizeram aplicações financeiras, como falamos no começo do texto. Os outros 16% colocaram seu dinheiro na compra ou na quitação de imóveis, em bens duráveis como carro ou moto, no negócio próprio e em estudos. Ou seja: quando gastam com a quitação de parcelas da casa ou com um curso, entendem que estão investindo.

 

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“Essas outras formas de investir são legítimas e devem ser acolhidas pelo mercado. No entanto, é preciso sensibilizar as pessoas de que, para manter todas essas conquistas tidas como investimentos, é necessária uma reserva financeira. Apenas ela preservará todo patrimônio na hora da diminuição de renda da população como a perda de um trabalho ou a chegada da aposentadoria”, diz Ana.

Segurança é principal razão para investir

Entre os investidores que aplicam em produtos financeiros, a maioria (54%) investe com uma finalidade: segurança financeira. Eles enxergam o banco como um cofrinho, no qual podem ir juntando aos poucos até garantirem uma reserva financeira em um lugar seguro. Pessoas de todas as faixas etárias, classes sociais e níveis de escolaridade elegeram a segurança como a primeira vantagem ao investir. A rentabilidade que as aplicações podem trazer só aparece em segundo lugar com 16%.

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Segundo Aquiles Mosca, presidente do nosso Comitê de Educação de Investidores, essa constatação é muito relevante para o mercado. “Ao mesmo tempo em que os resultados mostram a credibilidade das instituições financeiras, fica evidente a falta de conhecimento das pessoas sobre a possibilidade de ter o dinheiro trabalhando para si mesmos, garantindo poder de compra, gerando ganhos e contribuindo para a construção de sua liberdade financeira”, opina.

+: Brasileiro não se prepara para a aposentadoria

Em terceiro lugar, os brasileiros apontam, com 12%, a vantagem de sacarem seus recursos quando precisarem, sem prejuízo. Para Mosca, essa percepção reforça a preferência das pessoas por produtos que não possuam carência ou qualquer restrição para resgate. Nesse aspecto, a caderneta de poupança aparece com destaque na mentalidade da população. “O brasileiro ainda carrega uma forte memória inflacionária e também de rupturas no sistema econômico. Assim, explica-se essa percepção de necessidade de alta liquidez sempre, mesmo quando tem um horizonte de prazo longo. E o pior: mesmo após anos e anos de estabilidade econômica”, afirma.

Poupança: a aplicação queridinha dos brasileiros

porcorporativo.pngDepois desse spoiler sobre a fixação do brasileiro por liquidez diária, não é surpresa que, entre os investidores, 89% aplicam na caderneta de poupança. E esse favoritismo está presente em todas as rendas, mas é ainda maior entre as pessoas com ganhos mensais superiores a dez salários mínimos (44%).

“Apesar do brasileiro ter diversas opções de renda fixa à disposição, ele prefere manter o dinheiro na poupança por ser um investimento bem conhecido e bem tradicional. Mas, muitas vezes, esquece de considerar, inclusive, que é necessário aguardar a data de aniversário para que haja remuneração no período, acaba sacando antes e perdendo todo rendimento”, opina Ana.

+: Cafezinho no banco: forma preferida do investidor se informar

O segundo investimento mais utilizado aparece com larga distância da caderneta: apenas 6% têm previdência privada. No terceiro lugar, estão os fundos de investimento e os títulos privados com 5% e 4%, respectivamente. Os títulos públicos, aplicados por meio do Tesouro Nacional, são preferência de apenas 3% da população.

+: Poupança tem preferência entre a população, mas maioria não conhece seu rendimento

Para Ana, as iniciativas de educação financeira são essenciais para disseminar conteúdo sobre os diversos produtos do mercado e também sobre planejamento financeiro. “As pessoas não investem porque não conseguem guardar dinheiro. Muitas vezes está muito mais ligado a falta de planejamento. É preciso ajudar de forma incansável a mudar essa mentalidade”.

2018: expectativa de 6,2 milhões de novos investidores

E o que pensam os 58% da população que não tem dinheiro em aplicações financeiras? Dentro desse universo, 22% têm a intenção de investir em produtos financeiros. Caso essa estimativa se concretize, significará a entrada de 6,2 milhões de pessoas na indústria de investimento.

 

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“Se essa intenção se concretizar a oportunidade para o mercado é enorme! Como a pesquisa será anual, mesmo que a totalidade das pessoas que se mostraram propensas a investir não o faça, será possível nos aprofundar nas razões para esse cenário”, fala Ana.

 

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