Investimentos em infraestrutura: bons retornos e impactos positivos para a sociedade
Fundos de infraestrutura têm atraído investidores, enquanto ajudam a destravar o desenvolvimento brasileiroO novo episódio do podcast Vai Fundo faz um panorama sobre os produtos ligados à infraestrutura disponíveis aos investidores. Soraia Barros, nossa gerente executiva, recebeu Michelle Lauande, gestora dos fundos de infraestrutura da Santander Asset, e Marcelo Souza, sócio do Pátria Investimentos e CIO das verticais Infra Core e Infra Crédito.
Esses produtos são uma forma importante para o financiamento do setor. Uma das apostas do governo federal é a recém sancionada e regulamentada Lei 14.801/24, que criou as debêntures de infraestrutura para atrair investidores institucionais. Os novos produtos somam-se ao portfólio de outros disponíveis, como os FI-Infra (fundos de infraestrutura) e os FIP-IE (fundos de participações em infraestrutura), que têm atraído investidores tanto do ponto de vista do retorno financeiro, quanto pela contribuição para o desenvolvimento econômico do país.
Marcelo explica as duas formas de financiamento para a infraestrutura, por meio de títulos de dívida emitidos por empresas - debêntures de infraestrutura e debêntures incentivadas - e de equity - ações das empresas de infraestrutura ou cotas de fundos como FIs-Infra e FIPs-IE. Ele enfatiza que os investidores ainda conhecem pouco sobre essa indústria: “você pode ter mais risco, menos risco, mais retorno, menos retorno. Mas ainda falta muita educação para os investidores no que diz respeito a essa classe de ativos, porque, no geral, é uma família nova”, comenta.
Michelle destaca que os fundos de infraestrutura têm atingido benchmarks importantes - como o CDI, o IPCA e a Selic - e atraído mais captações e participação de emissores e gestores, consolidando-se como uma estratégia essencial para carteiras de investimento. Apesar de reconhecer a isenção fiscal e os prazos alargados como atrativos do setor, a gestora aponta a diversificação como a principal vantagem. "Estamos falando de mais de dez setores, 25 subsetores, e mais de 50 empresas", observa Michele, ressaltando ainda a resiliência e estrutura dos projetos. Segundo ela, a gestão profissionalizada ajuda a mitigar riscos e proporciona retornos mais atraentes.
Aliás, neste ponto, os convidados são enfáticos: a importância de uma equipe especializada e experiente para identificar e mitigar riscos ao mesmo tempo em que se potencializa os ganhos. Ambos também concordam que o setor tem grande potencial para crescimento, com mais estratégias de investimento desenvolvidas para buscar retornos superiores e diversificação, beneficiando tanto os investidores quanto o desenvolvimento da infraestrutura do país.
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