Fiagros: patrimônio líquido supera a marca de R$ 10 bilhões em 2022
A captação líquida no acumulado do ano foi de R$ 3,2 bilhões
Os Fiagros (Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais) fecharam 2022 com patrimônio líquido de R$ 10,34 bilhões. No ano, o patrimônio líquido desta indústria saltou 544%, como mostra o nosso dashboard interativo com estatísticas do produto.
“O crescimento exponencial dos Fiagros, que encerraram 2021 com patrimônio líquido de R$ 1,6 bilhão, mostra que este é um produto com grande potencial. A nossa expectativa é de que ele continue a atrair cada vez mais investidores este ano e ganhe ainda mais relevância”, afirma Sergio Cutolo, nosso vice-presidente.
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Captação líquida
Lançado em agosto de 2021, o Fiagro é dividido em três categorias: os Fiagros-FII, que investem em imóveis do agronegócio; os Fiagros-FIDC, que reúnem direitos creditórios da agroindústria; e os Fiagros-FIP, com investimentos em empresas do setor. Apenas os Fiagros-FII estão disponíveis para o varejo.
Em termos de captação líquida (diferença entre aportes e saques), o segmento teve saldo positivo de R$ 3,2 bilhões em 2022. Mais da metade desse montante (R$ 1,69 bilhão) foi levantado no último trimestre do ano, com destaque para o mês de outubro, em que a captação líquida foi de R$ 860,6 milhões.
Na comparação entre as três categorias de Fiagro, o destaque foram os Fiagros-FII, que registraram saldo líquido positivo de R$ 2,67 bilhões no acumulado do ano. Em seguida, estão os Fiagros-FIDC, com captação líquida de R$ 513,9 milhões em 2022; e os Fiagros-FIP, com R$ 19,2 milhões.
O número de fundos e de contas acompanhou esse movimento de alta: em dezembro de 2021, existiam 13 Fiagros no mercado e 14 mil contas investindo nestes fundos; em dezembro do último ano, já eram 43 Fiagros e 181 mil contas.
Regulamentação
Os Fiagros foram lançados pela CVM com uma regulação experimental, seguindo as regras dos FIIs, dos FIDCs e dos FIPs. Mas está na agenda regulatória 2023 da autarquia a publicação de normas específicas para o segmento.
“Estamos apoiando a CVM neste processo. Junto com o mercado, elaboramos uma proposta que foi enviada à autarquia em outubro do ano passado. Com uma norma própria e que atenda às características do produto, certamente será possível aproveitá-lo em toda sua eficácia e potencial”, afirma Cutolo.
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