Indústria de fundos de investimento sinaliza resiliência em um ambiente de incerteza
Em fevereiro de 2021, a indústria de fundos se mostrou resiliente frente a volatilidade nos mercados, encerrando com aporte líquido de R$ 38,3 bilhões, contra R$ 4,0 bilhões em saída líquida em janeiro. No ano, o segmento registrou captação líquida de R$ 34,3 bilhões.
A classe renda fixa exibiu entrada líquida de R$ 17,3 bilhões, acumulando R$ 47,5 bilhões em 2021. Este movimento é explicado pelo aporte líquido de apenas um fundo do tipo renda fixa duração baixa soberano, de aproximadamente R$ 19,0 bilhões, – sem ele a classe teria apresentado saída líquida de 1,7 bilhão. Dentro da classe, a maior entrada líquida foi do tipo duração baixa soberano, com R$ 28,7 bilhões no mês.
A classe multimercados apresentou R$ 10,5 bilhões em captação líquida, acumulando 7,9 bilhões no ano. O tipo multimercado investimento no exterior registrou a maior contribuição para este resultado, com aporte líquido de R$ 7,5 bilhões. Esse resultado é atribuído, sobretudo, à desvalorização cambial em fevereiro (1,0%) e aos desafios domésticos, que podem manter este curso.
A classe ações apresentou entrada líquida de R$ 6,8 bilhões no mês, mesmo com a queda de 4,37% do Ibovespa no mesmo período. No ano, a classe registrou retirada líquida de R$ 15,2 bilhões. O tipo ações livre foi quem sustentou o crescimento, responsável por R$ 5,1 bilhões em captação líquida.Em relação às rentabilidades, dentre os tipos da classe multimercados, o maior retorno foi do tipo investimento long and short neutro, que registrou 0,80% no período. No grupo da classe ações, a maioria dos tipos apresentaram desvalorização (9 de 12), com o tipo ações livre, o mais representativo, exibindo queda de 1,46%. Por último, na renda fixa, o destaque foi do tipo dívida externa, que variou 0,90%.