Fundos de investimento registram captação líquida de R$ 26,1 bilhões em agosto
Em agosto, a indústria de fundos de investimento registrou captação líquida positiva de R$ 26,1 bilhões. É o segundo mês consecutivo de 2023 em que o segmento apresenta entrada líquida de recursos, o que não acontecia desde março/abril do ano passado. Com esse resultado, a captação líquida foi reduzida para uma perda de R$ 76,3 bilhões no ano.
A renda fixa registrou a maior entrada líquida entre as classes do segmento com uma captação de R$ 22,4 bilhões em agosto, a maior desde março/22. Entre os tipos, o Renda Fixa Duração Baixa Grau de investimento, que investe no mínimo 80% da carteira em títulos públicos federais ou ativos de baixo risco de crédito, representou pouco mais que a metade da captação líquida total, com R$ 11,8 bilhões, seguido do Renda Fixa Duração Livre Crédito Livre, que pode manter mais de 20% da sua carteira em títulos de médio e alto risco de crédito do mercado doméstico ou externo, que registrou entrada positiva de R$ 6,8 bilhões.
Entre os fundos estruturados, o FIDC registrou saída de R$ 7 bilhões, resultado do movimento concentrado de um único fundo. Os montantes acumulados no ano e em 12 meses continuam positivos (R$ 6,1 bilhões e R$ 29,4 bilhões respectivamente). Os FIPs, por sua vez, registraram ganho de R$ 918,3 milhões e mantêm captação positiva de R$ 39 bilhões no ano.
Entre os multimercados, houve captação líquida positiva de R$ 9,1 bilhões em agosto, também derivada de movimento concentrado de um único fundo. O tipo Multimercado Livre registrou entrada líquida de R$ 9,1 bilhões no período. Em seguida, vem o Multimercados Investimentos no Exterior, com R$ 2,6 bilhões. A captação líquida acumulada da classe permanece negativa em R$ 47,4 bilhões e R$ 64,7 bilhões, respectivamente, no ano e em 12 meses.
Na classe de ações, mesmo com a perspectiva de um ciclo de queda dos juros, ainda não ocorreu resultado mensal positivo neste ano, acumulando perda de R$ 39,7 bilhões. Em agosto, houve resgate líquido de R$ 1,7 bilhão. Entre os tipos de maior representatividade, o Ações Livre, de maior PL, apresentou saída de R$ 1,5 bilhão.
Em relação à rentabilidade, o Ações Livre recuou 4,24%, mas registrou ganho acumulado no ano de 10,90%. Na renda fixa, o tipo Duração Baixa Grau de Investimento, de maior PL da classe, variou 1,23% em agosto e já acumula 8,48% em 2023. Nos multimercados, o tipo Livre rendeu 0,12%, e a melhor performance foi do tipo Juros e Moedas, com 1,02% em agosto.