Vai Fundo estreia terceira temporada com entrevista com Luis Stuhlberger e formato de videocast
Gestor da Verde Asset Management participou da série especial Papo de GestãoEstá no ar a temporada do podcast Vai Fundo, que traz duas grandes novidades: a estreia da série especial Papo de Gestão, dedicada a entrevistas com grandes nomes da indústria de fundos, e o lançamento dos episódios em formato de videocast. Agora, além de ouvir o Vai Fundo pelas plataformas de streaming, será possível assistir ao seu conteúdo, que estará disponível também no canal da ANBIMA no YouTube.
Para inaugurar essa nova fase, nossa gerente-executiva, Soraia Barros, recebeu Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset Management e um dos pioneiros da indústria brasileira de fundos multimercados. A conversa abordou temas centrais para os mercados financeiro e de capitais, como a recente eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, a falta de confiança do investidor estrangeiro no Brasil e a “tempestade perfeita” enfrentada pelos multimercados.
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Na visão de Stuhlberger, as tarifas criadas pela nova administração de Trump podem gerar efeitos colaterais, como um dólar mais forte, inflação e juros mais altos, que afetarão diretamente países como China, México, Canadá e os membros da União Europeia. Essa política, alerta, pode desencadear uma guerra comercial, afetando cadeias produtivas globais e trazendo impactos também para o Brasil, principalmente no que diz respeito à competitividade de suas exportações.
Stuhlberger também comentou sobre a atual situação fiscal do Brasil, ressaltando desafios como o crescimento do endividamento público e o impacto das políticas econômicas na atratividade do país para investidores internacionais. Segundo ele, "o Brasil ficou barato em reais e dólares, mas ainda assim o investidor estrangeiro tirou dinheiro da bolsa brasileira", o que demonstra a falta de confiança no mercado nacional, apesar de suas aparentes vantagens competitivas.
O episódio aprofundou, ainda, o debate sobre a indústria de fundos, com destaque para os desafios enfrentados pelos multimercados nos últimos anos, diante da concorrência com os produtos isentos de imposto de renda, da tributação do come-cotas e da performance abaixo das expectativas. "Os fundos multimercados enfrentaram sua pior tempestade perfeita nos últimos anos, mas seguem como a única asset class descorrelacionada do Brasil", observa Stuhlberger, ressaltando a importância desses fundos como opção para diversificação de portfólio e mitigação de riscos. Além disso, ele destaca a capacidade de adaptação dessa categoria a diferentes cenários econômicos: "O multimercado é a única classe de ativos no Brasil que pode se posicionar tanto para alta quanto para baixa, o que o torna essencial em tempos incertos".
Stuhlberger também refletiu sobre o futuro da indústria de fundos brasileira, destacando seu potencial de crescimento caso a taxa de juros volte a cair. "A indústria de fundos no Brasil já evoluiu muito, mas eu não acredito em um grande crescimento em termos de diversificação e novas captações se a Selic continuar nessa faixa alta nos próximos dois anos. Mas caso nossos juros voltem a cair, teremos um novo salto”, prevê.
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