<img height="1" width="1" style="display:none" src="https://www.facebook.com/tr?id=1498912473470739&amp;ev=PageView&amp;noscript=1">
  • Empresas fiscalizadas.
  • Trabalhe Conosco.
  • Imprensa.
  • Fale Conosco.

Notícias

Três em cada quatro brasileiros têm interesse em usar plataformas digitais para investir

Levantamento da McKinsey elencou os principais motivos para escolha: baixo custo; excelente experiência digital; zero custo de trade; melhor monitoramento da carteira e de definição dos ativos

As plataformas digitais estão ganhando destaque entre os brasileiros. Pesquisa realizada pela McKinsey mostra que ¾ dos investidores têm interesse em utilizar assessoria virtual na aplicação dos seus recursos. O levantamento foi apresentado em painel sobre os novos modelos de produtos de investimento, que aconteceu durante o 10º Congresso ANBIMA de Fundos de Investimento nesta quarta-feira, 24. De acordo com Luiz Caselli, da McKinsey, o perfil do consumidor está em evolução em todo o mundo e o cliente se sente cada vez mais confortável para ser assessorado e também para investir por canais remotos ou digitais. Os principais motivos para escolha desta plataforma são: baixo custo de assessoria, em alguns casos até gratuitas; excelente experiência digital para se investir; sem custo de trade; melhor monitoramento da carteira; e melhor definição dos ativos. “Investidores de menor patrimônio e que já investem via plataforma são os que mais possuem interesse em utilizar assessoria virtual”, comentou Caselli.

novas formas de distribuicao.jpg
Pedro Boesel (Rico Investimentos), Antonio Berwanger (CVM), Marcelo Flora (BTG Pactual) e Marcelo Maisonnave (Warren)

A estimativa é que o mercado de robô-advisor tenha expansão de 46% em ativos sob gestão no mundo entre 2016 e 2020. No Brasil, no entanto, essa evolução pode ser um pouco mais lenta, já que cerca de 90% da riqueza das famílias brasileiras estão concentradas em cinco grandes bancos, conforme explicou Marcelo Flora, do BTG Pactual. “Estamos animados com essa revolução digital, que agora está chegando ao setor financeiro”, disse.

Apesar da intenção do brasileiro em usar meios digitais para aplicar seu dinheiro, por aqui o foco maior tem sido nos fundos de gestão ativa, principalmente de gestores independentes. “Eles [gestores independentes] representam cerca de 10% da carteira dos investidores pessoa física e devem chegar entre 15% e 20% em 2022”, disse Caselli. Há cinco anos representavam 5%.

Já nos mercados mais desenvolvidos, os fundos passivos ganharam mais destaque, com crescimento de 14% entre 2009 e 2018. “Dentre os fundos passivos, os ETFs (Exchange Traded Funds) são os preferidos, apresentando crescimento significativo e redução de preços nos últimos anos”, afirmou Caselli. De acordo com dados apresentados por ele, o mercado global de ETFs saiu de R$ 700 milhões em 2008 para atingir R$ 5 bilhões no ano passado. Por aqui, os fundos multimercados são os mais procurados pelos investidores.

Desafio

A grande dificuldade, consideram os especialistas, é levar educação financeira para a cultura do brasileiro, assim como já acontece nos Estados Unidos, por exemplo. “Cerca de 60 milhões de pessoas aplicam seus recursos na caderneta de poupança. Temos que agir na conscientização do cliente”, avaliou Pedro Boesel, da Rico Investimentos. “O desafio é levar conhecimento sobre a indústria de investimentos ao consumidor. Educar e empoderar o cliente para que ele mesmo possa investir melhor”, complementou.

Antonio Berwanger, da CVM, concorda quclaudio sanchez.jpge há um aumento do uso da tecnologia no mercado brasileiro e que sua efetivação passa por mais canais de distribuição e pela utilização de inteligência artificial nos processos, com uma solução customizada para cada cliente, já que há os consumidores que gostam ter em mãos uma carteira que seja mais adequada ao seu perfil a escolher os produtos. “A plataforma tem que ter inteligência para capturar a preferência dos investidores. É um processo de evolução e estamos caminhando a passos largos para isso. O robô-advisor é uma tendência para os próximos anos”. Claudio Sanches (foto), do Itaú e da ANBIMA, concorda e complementa: "talvez o grande desafio seja a interação entre o ser humano e a máquina de maneira automática, mas pela velocidade que as coisas estão acontecendo, deve estar mais próximo do que a gente possa imaginar".

Para Marcelo Maisonnave, da Warren, o jeito de fazer negócios mudou e é necessário se adaptar à nova realidade, que traz grandes oportunidades, mas que ainda precisa de ajustes. “A sofisticação das plataformas criou uma complicação para o investidor. E percebemos que o brasileiro prefere um serviço que tenha alguma dose de gestão. Podemos resolver isso com a utilização da inteligência para gerar uma melhor opção de portfólio”, comentou.

Assista ao debate na íntegra. Para conferir os demais painéis do congresso, veja nosso canal no Youtube.

 

Notícias relacionadas

Não foram encontrados resultados para esta consulta.