Títulos de curto prazo têm as melhores rentabilidades de setembro
O destaque dos títulos públicos foram as letras financeiras do tesouroOs títulos de renda fixa de curto prazo tiveram as melhores rentabilidades de setembro, conforme mostraram nossos indicadores. As LFTs (Letras Financeiras do Tesouro) tiveram o melhor desempenho entre os títulos públicos pelo segundo mês consecutivo. O índice que as acompanha, o IMA-S, teve alta de 0,87% em setembro. A carteira tem a menor duração entre os índices de renda fixa (apenas um dia útil) e apresenta a maior rentabilidade do ano até agora: 8,20%.
“Ao longo do ano, os resultados dos papéis têm sido impactados pelas questões fiscais e, agora, alta de juros. Em setembro não foi diferente. As sinalizações do BC sobre manter os juros altos por um tempo maior do que o esperado e a reavaliação das contas fiscais do quarto bimestre mantiveram as incertezas dos investidores e a preferência por papéis de curto prazo, em um quadro típico de aversão ao risco” explicou Marcelo Cidade, nosso economista.
Entre os prefixados, os títulos com vencimento em até um ano avançaram 0,82%, segundo o índice IRF-M 1. No ano, a carteira teve crescimento de 7,18%. Já os papéis com prazo acima de um ano, refletidos no IRF-M 1+, renderam 0,11% no mês e 2,50% no ano.
Enquanto isso, o IMA-B 5, que acompanha as NTN-Bs (títulos indexados ao IPCA) com prazo até cinco anos, teve ganho de 0,40% em setembro e de 5,30% no ano. A carteira de maior prazo (IMA-B 5+), com papéis de vencimento acima de cinco anos, recuou 1,42% em setembro, acumulando perda de 2,62% no ano.
No geral, os papéis que compõem a dívida pública renderam 0,34% em setembro e 4,99% no acumulado do ano, de acordo com o IMA (Índice de Mercado da ANBIMA).
Títulos corporativos
As debêntures marcadas a mercado cresceram 0,56% no mês e 8,68% no ano, conforme mostrou o IDA Geral (Índice de Debêntures da ANBIMA). Assim como nos títulos públicos, as debêntures de prazos mais curtos tiveram as melhores performances do mês.
O IDA-DI, que reflete os papéis indexados ao DI diário e com duração de um dia útil, avançou 1,01% e mantém a melhor performance do ano, com rendimento acumulado de 10,62%.
O IDA IPCA ex-infraestrutura, que considera as debêntures sem incentivo fiscal, teve crescimento de 0,25% em setembro. Já os papéis com isenção fiscal, refletidos no IDA IPCA infraestrutura, caíram 0,11%. No ano, esses índices cresceram 6,50% e 6,05%, respectivamente.
Todos os resultados do setor serão divulgados no Boletim de Renda Fixa, que será publicado no ANBIMA Data site em breve.
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