Podcast Vai Fundo: o potencial da tokenização para a indústria de fundos
Especialistas explicam como a blockchain pode aprimorar e trazer mais eficiência para a infraestrutura desses produtosNo mais recente episódio do podcast Vai Fundo mergulhamos no universo da tokenização para entender ele pode transformar a indústria de fundos de investimento.
Na conversa, os convidados Daniel Coquieri (CEO da Liqi Digital Assets) e Fernando Carvalho (CEO da Vórtx QR Tokenizadora) explicaram de que forma a tecnologia blockchain pode aprimorar e trazer mais eficiência para a infraestrutura dos fundos e o mercado de capitais como um todo.
Hoje, já existem versões tokenizadas de fundos multimercados e até mesmo de fundos de investimento em direitos creditórios, os chamados de TIDCs (Token de Investimento em Direitos Creditórios). “Pegando o regulamento de um FIDC, eu consigo programar, dentro de um contrato em blockchain, todas ou boa parte das regras de um fundo, como critérios de elegibilidade, concentração, inadimplência, amortização e remuneração. Essa automatização traz mais eficiência e segurança para o processo como um todo”, explica Coquieri.
Na visão de Carvalho, a tokenização e a tecnologia blockchain também irão impactar positivamente o mercado de negociação das cotas dos fundos. “No momento em que um gestor faz uma emissão de cotas tokenizadas, a escrituração desse ativo passa a ser perfeita. Sabemos exatamente a propriedade das cotas desde sua emissão na wallet do emissor até todas as negociações realizadas. É um registro on-chain, e isso pode ser feito com vários outros processos, como liquidação, alocação, etc. É um mercado muito promissor e que está só no início”, avalia.
E as vantagens da tokenização não param por aí, segundos os especialistas. Se para os emissores ela proporciona mais eficiência e agilidade na estruturação de operações, para os investidores a tokenização pode oferecer mais transparência e uma melhor experiência de compra dos ativos. Além disso, ao reduzir custos operacionais, ela dá ao gestor a oportunidade de repassar o ganho para a venda das cotas, diminuindo seu valor e tornando a oferta mais atraente. “No futuro, prevemos que a aquisição de ativos vai acontecer de forma totalmente tokenizada, o que vai criar uma automatização dos processos, tornando o mercado mais eficiente”, ressalta o CEO da Vórtx QR.
E outros benefícios devem surgir conforme a tokenização de ativos financeiros avance e ganhe novas utilidades. Além do Banco Central, a CVM vem acompanhando de perto a evolução dessa tecnologia, permitindo que projetos nesta seara evoluam dentro do seu sandbox regulatório (ambiente experimental em que os participantes recebem autorizações temporárias e condicionadas para desenvolver inovações em atividades regulamentadas no mercado de capitais).
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