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MKBR22: Cuidar da saúde física e financeira pode ser um bom investimento

Oferecer serviços disruptivos e, ao mesmo tempo, rentáveis pode ser um desafio para startups em expansão no mercado brasileiro, principalmente em segmentos altamente regulamentados como o de saúde e bancário.

De acordo com o mapeamento da Abstartups, um dos setores que mais crescem no Brasil é o das chamadas healthtechs. O Brasil já era o maior mercado de saúde da América Latina e o sétimo do mundo em 2019, mas a pandemia colocou o país na rota dos grandes grupos e fundos de investimento.

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Foi nesse contexto que surgiu a healthtech Alice. Além dos serviços digitais de atendimento, a startup oferece gestão de saúde com atividades focadas no bem-estar físico e emocional. A empresa já conta com 10 mil membros.

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André Florence, da Alice (esq), e Eduardo Prota, da N26 (dir), conversaram com Thales Teixeira (telão) sobre oas lições de quem está inovando no mercado

André Florence, CEO e cofundador da Alice, diz que a grande diferença da startup com outras empresas tradicionais é o acompanhamento da gestão de saúde.

“A Alice foi criada com um propósito muito claro, que é tornar o mundo mais saudável. A gente oferece para as pessoas um produto que não existia ainda, com um time de saúde responsável por cuidar delas por toda a vida no que é relacionado à saúde”, explica Florence, que participou do painel “Lições de quem está inovando no mercado” no MKBR22.

Cuidado

Esse conceito de “cuidado”, mas da saúde financeira, também está presente em outra startup disruptiva, o banco digital N26, que opera em 25 países. Também presente no painel, Eduardo Prota, CEO do N26 no Brasil, a define como uma “Fincare”, voltada para ajudar consumidores a tomarem as melhores decisões financeiras.

Prota cita o termo “finansiedade” para descrever a relação dos brasileiros com o dinheiro, além de destacar o endividamento e gastos acima do orçamento por parte da população.

Assim como o time de saúde na Alice, Prota chama a atenção para a figura ausente do gerente em meio à expansão das fintenchs, embora reconheça o papel social desse setor em facilitar a abertura de contas e no acesso ao crédito. Nesse sentido, o foco do N26 é no cliente “desassistido”, diz Prota, destacando que 70% dos brasileiros ainda querem trocar de banco, embora a média do país seja de duas a três contas por cliente.

“Claramente tem alguma coisa ali que está quebrada”, comenta. “A hipótese que estamos testando é que, se conseguirmos apoiar a pessoa a tomar as melhores decisões, vamos resolver esse problema e ganhar mais fidelidade e contribuir de fato para o Brasil”, complementa Prota.

Essa insatisfação dos consumidores também é refletida no setor de saúde, diz Florence, da Alice. Os planos de saúde lideram as queixas, mas, ao mesmo tempo, estão entre os itens de maior desejo dos brasileiros. “Odeiam, mas querem ter”, diz Florence.

Olhar do investidor

Os setores de saúde e financeiro são extremamente regulamentados no Brasil, mas isso não os impede de atrair investimentos, na opinião dos dois executivos que, por enquanto, não planejam um IPO.

De acordo com Florence, apenas 23% da população brasileira têm acesso a planos de saúde privados. Prota, por sua vez, dá o exemplo do Nubank, uma startup disruptiva que conseguiu se destacar em um segmento altamente regulamentado.

Disrupção

Mas o que é ser disruptivo? “A disrupção é um choque, é uma ruptura absoluta”, explica Luiz Candreva, futurista e head de inovação da Ayoo. “É uma quebra de paradigma, uma mudança de direção, não é algo incremental.”

O termo apareceu pela primeira vez em 1995, em um artigo do professor americano Clayton Christensen, que define um produto, um serviço e até um mercado, geralmente mais simples e mais baratos do que tudo o que existia antes. Mas, para isso, é preciso tecnologia e agilidade, uma expertise das startups.

Os novos modelos de negócio também podem aparecer entre empresas já consolidadas, como o Grupo Fleury, com quase 100 anos, que foi o primeiro laboratório a disponibilizar resultados de exames pela Internet. A empresa também foi uma das primeiras a oferecer coleta de material biológico em casa. E mesmo antes da pandemia, já investia em telemedicina.

“Quando chegou a pandemia, já tínhamos os planos de negócios, as plataformas pensadas, elaboradas no sentido de estruturas digitais construídas, mas aquilo não operava, porque ainda não havíamos ainda lançado o produto”, conta Andrea Bocabello, diretora de Estratégia, Inovação e ESG do Grupo Fleury.

A pandemia, segundo ela, ofereceu uma oportunidade social de oferecer apoio a comunidades e para médicos que queriam se voluntariar para o atendimento de Covid. Isso permitiu ao Fleury testar a ferramenta e corrigir eventuais falhas operacionais.

 

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