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Investimento de impacto: retornos financeiros com transformação socioambiental

Novo episódio do Vai Fundo aborda a evolução e os desafios enfrentados por esse tipo de fundo

O novo episódio do podcast Vai Fundo aborda os fundos de investimento de impacto, que buscam, além de gerar retornos financeiros, promover benefícios sociais e ambientais mensuráveis em setores como energia renovável, educação, saúde e habitação. Para falar sobre os avanços e desafios desse mercado, Soraia Barros, nossa gerente executiva, conversou com Daniel Izzo, CEO da Vox Capital e Denis Nakahara, sócio da MOV Investimentos. 

+ Clique aqui para ouvir o episódio

Segundo o relatório da Global Impact Investing Network, o mercado global de investimentos de impacto tinha, em 2022, aproximadamente 1,16 trilhão em ativos sob gestão, representando um crescimento significativo em relação a anos anteriores. Inicialmente restritos a investidores individuais e family offices, esses fundos evoluíram ao longo dos últimos anos, atraindo também capital institucional. Entre 2020 e 2024, o setor consolidou-se com uma maior diversificação de produtos e ativos.   

A mensuração do impacto é um dos principais desafios para as gestoras que trabalham com esses fundos. Nakahara explica que mensurar o impacto é tão importante quanto avaliar o risco e o retorno. Segundo ele, mensuração envolve, além de indicadores qualitativos, também os quantitativos, como megawatts de energia limpa gerada, toneladas de carbono evitadas, áreas regeneradas e pessoas beneficiadas em termos de acesso à educação ou saúde. “Esse tipo de mensuração permite que a gente reporte para os investidores não só os resultados financeiros da companhia em que investimos, mas também a dimensão de impacto que ela gera e se ele está além ou aquém daquilo que a empresa se propõe a fazer”. 

Daniel Izzo completa que, num contexto de aumento das desigualdades sociais, crise geopolítica e climática não dá mais para não se preocupar com o impacto das alocações do dinheiro. “Fazer isso hoje seria tão estranho quanto jogar uma latinha pela janela do carro ou fumar em ambiente fechado”, compara. 

Na visão de Nakahara, o que hoje chamamos de ESG deixará de ser um nicho, pois tais critérios têm se tornado cada vez mais transversais a todas as alocações de capital. Ainda olhando para o futuro, ele acredita que os fundos de impacto poderão se transformar em fundos temáticos, voltados para áreas como mudanças climáticas, pecuária regenerativa e energia limpa. 

Os convidados também destacaram que a regulação é essencial para promover o crescimento sustentável desse mercado e evitar abusos. É importante, no entanto, que ela seja baseada em evidências científicas e dados, garantindo que alguns setores, como aqueles com maior pegada de carbono, sejam devidamente regulados, enquanto outros, menores, possam ter tratamento diferenciado. 

Ouça este episódio completo do podcast Vai Fundo em sua plataforma de áudio preferida: Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer, Spreaker, iHeartrádio, Podcast Addict, Castbox e Podchaser.  

Que tal maratonar os últimos episódios: 

Longevidade e fundos de pensão: soluções para o amanhã 
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Fundos de Infraestrutura: o boom ligado aos produtos de infra 

Inverno nos multimercados: como as gestoras estão reagindo? 

FIDCs: o que esperar deste produto no atual cenário de crédito? 

Regulação e autorregulação de fundos: o que esperar dos próximos capítulos? 

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Para conferir todos os episódios, clique aqui

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