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Especial Web Summit Rio: Cripto em 2023: o ano da regulação e da recompensa

Confira o que foi falado sobre o mundo cripto em um dos maiores eventos de inovação do mundo
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Desacelerações do mercado são um momento para reconstrução e reavaliação. É o que vem acontecendo com o mundo cripto hoje. Há muito pragmatismo na fala de referências do setor, como Kathleen Breitman, cofundadora da plataforma blockchain open source Tezos; Sandra Ro, CEO do Global Blockchain Business Council; e Daniel Vogel, cofundador e CEO da Bitso, entre muitas outras personalidades que participaram do Web Summit Rio, de 1º a 4 de maio, no Rio de Janeiro. 

Acompanhamos o evento como uma das iniciativas da agenda estruturante do ANBIMA em Ação, conjunto de prioridades que elegemos para o biênio 2023/2024.

Resumindo o sentimento coletivo do evento, podemos dizer que a maioria enxerga os esforços de regulação ajudando a impulsionar produtos extremamente bem projetados e tecnicamente especificados, e a estabelecer a confiança que o mercado cripto tanto precisa, principalmente depois dos escândalos que atormentaram a indústria, como da FTX e do Terra Luna. É hora de pôr os pés no chão, abandonar o tom exagerado característico do mundo cripto e trabalhar para que o sistema financeiro baseado em blockchain possa ser mais acessível e privado que o sistema bancário tradicional. 

+ O que o Web Summit Rio trouxe sobre o mundo das finanças

“Há pessoas que querem fazer esse mercado funcionar de forma honesta”, pontua Kathleen Breitman. E há indicadores positivos no setor, na visão de Daniel Vogel. Por exemplo, ao longo do “verão cripto”, em 2021, muitos profissionais foram atraídos para o mercado, e a permanência desses talentos no setor — mesmo depois da queda nos preços — sinaliza uma possível retomada. “Gostamos de rastrear a quantidade de desenvolvedores, profissionais que estão construindo códigos para blockchain, exchanges e projetos DeFi. O que os gráficos mostram é que, embora muita gente tenha desistido, muitos também ficaram”, diz. E 2023 tem tudo para ser o ano da recompensa.

Algumas regulações têm ajudado. “Depois que o México atualizou algumas de suas regras, o volume de dinheiro transacionado pela nossa plataforma aumentou de forma significativa. Em 2021, foram US$ 1,1 bilhão. Em 2022, US$ 3,3 bilhões”, disse o executivo da Bitso, lembrando que a regulação do Brasil, toda feita pelo Banco Central, tem sido apontada por muitos players como referência no desenvolvimento de iniciativas inovadoras no segmento financeiro. “Vemos o Brasil desempenhando um papel de liderança incrível aqui”, afirmou.

+ Web Summit Rio mira na jornada futura do consumidor financeiro

Esta também é a opinião de Sandra Ro, em um debate específico sobre o processo de regulamentação das operações relacionadas a criptomoedas e provedores de serviços de ativos virtuais no Brasil, em revisão pelo atual governo. “O que está acontecendo no Brasil é único”, disse ela. “Ter o regulador e os participantes do ecossistema trabalhando na regulação, buscando soluções inovadoras, é algo novo e muito poderoso”.

O papel da CVM na regulamentação do marco legal dos criptoativos também foi elogiado por Marcelo Sampaio, cofundador e CEO da Hashdex. Principalmente por ter focado mais no incremento da governança. Mas ainda é cedo para saber se conseguiremos evitar uma fraude como a da FTX por aqui. Por ora, há apenas a convicção de que a atuação dos reguladores aqui vem criando um ambiente favorável para tornar o Brasil um cripto hub mundial, conectado a outros países ao redor do mundo. “E já estamos vendo isso”, disse Sandra Ro. 

ANBIMA no Web Summit: perspectivas para o mundo cripto

Outros destaques de cripto do Web Summit Rio:

•    A BRZ (Brazilian Digital Token), stablecoin pareada ao real e emitida pela Transfero, assumirá um papel importante de integração de iniciativas DeFi com o Real Digital, na opinião do CEO da empresa, Thiago César, durante sua palestra sobre adoção de criptomoedas na América Latina. Na opinião dele, a discussão stablecoins versus CBDCs não faz muito sentido. A CBDC precisará de uma stablecoin, a ponte entre finanças descentralizadas e a moeda digital emitida pelo Banco Central. “CDBCs servem a muitos propósitos, mas são controlados pelos bancos e Banco Central. Eles não estarão no DeFi, porque não tem interoperabilidade. Tem que ter uma stablecoin privada para fazer esse gateway”, explicou. 


•    Praticamente um ano depois de anunciar sua chegada ao Brasil, a fintech britânica Revolut lançou operação por aqui. Os primeiros produtos são câmbio e remessas internacionais em 27 moedas, mas a empresa está em busca de licenças do Banco Central para oferta de serviços como conta corrente e empréstimos. 


•    Brittany Kaiser (sim, a moça do documentário Privacidade hackeada, sobre o escândalo da Cambridge Analytics), fundadora da Own Your Data, apresentou ao público do Web Summit Rio sua visão do blockchain como arma contra a desinformação e a favor da proteção de dados, suas estruturas de permissão e mecanismos de consentimento. Ela também comentou como tudo isso se relaciona com uma indústria cripto mais verde e sua atuação como presidente do Conselho de Administração da Griffin Digital Mining, apoiadora da iniciativa Sustainable Bitcoin Standard (que busca encontrar investidores para tornar o Bitcoin uma iniciativa sustentável para o clima). “Temos trabalhado nos últimos dois anos e meio na criação de um certificado padrão para que os mineradores de Bitcoin possam provar que somos sustentáveis”, explica.

Conheça o ANBIMA em Ação
ANBIMA em Ação é o conjunto das principais iniciativas da Associação para este e o próximo ano. Esse planejamento estratégico foi elaborado a partir de uma ampla consulta aos nossos associados, instituições parceiras, reguladores e lideranças da ANBIMA e resultou em três grandes agendas de trabalho: Agenda de Desenvolvimento de Mercado, Agenda de Serviços e Agenda Estruturante. Confira cada uma aqui.

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