Conheça as startups mais bem avaliadas no primeiro Pitch Day ANBIMA para mercado de capitais
Gorila, Nuveo e SmartBrain foram escolhidas pelos nossos associados dentre 15 empresas com ideias inovadoras em evento nesta quarta-feira, 23Controle de investimentos, leitura otimizada de documentos e monitoramento do portfólio de aplicações. Essas foram as soluções mais bem avaliados no nosso Pitch Day para Mercado de Capitais, nesta quarta-feira, 23, em São Paulo. O evento reuniu 15 startups com ideias inovadoras para enfrentar desafios do mercado. Cada uma teve cinco minutos para se apresentar diante de uma plateia composta por representantes de instituições associadas e de entidades parceiras convidadas.
“Nosso intuito não é ser uma provedora de soluções tecnológicas para as instituições financeiras, mas, sim, fazer a ponte entre a casa do mercado de capitais brasileiro e a comunidade de inovação”, disse Zeca Doherty, nosso superintendente-geral. Ele ressaltou que já olhamos para o tema inovação há alguns anos, mas com um viés regulatório. Foi assim que participamos de discussões sobre cibersegurança, open banking, sandbox e blockchain, entre outros. “Mas sentimos que era hora de avançar além do perímetro regulatório”, disse, lembrando que realizamos o hackaton para a indústria de fundos há pouco mais de um mês. E agora focamos em mercado de capitais com o objetivo de estimular a relação das instituições com empresas que podem resolver seus problemas internos, otimizar os negócios e reduzir custos.
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Como resultado do Pitch, enviaremos um e-book para os associados, em primeira mão, com as ideias apresentadas e todas as demais inscritas para o evento, incluindo os contatos de cada uma das fintechs. No total, 61 empresas se inscreveram e 15 foram selecionadas para a apresentação.
Conheça as melhores soluções
Clareza para o investidor gerenciar suas aplicações, escala para os profissionais de investimento alcançarem clientes e mais negociações para as instituições financeiras. Esse é o objetivo da Gorila, startup que ganhou a atenção do público e foi a melhor avaliada do evento. Guilherme Soares, sócio-fundador, explicou que a fintech mira em segurança na troca de dados e alta performance.
Robinson Dantas e Guilherme Soares (nas pontas) são os fundadores da Gorila, startup mais votada no nosso Pitch Day. A placa foi entrege por Zeca Doherty (centro), nosso superintendente-geral
A segunda colocada surgiu da necessidade das ONGs lerem as notas fiscais para receber doações de créditos. Apresentada por Flávio Pereira, CEO e fundador, a Nuveo aplica inteligência artificial para ler documentos diversos, mesmo quando as fotos estão apagadas – o sistema exclui as interferências e recria a imagem –, o que poupa tempo e recursos, além de otimizar o acesso a dados de documentos. E essa inteligência pode ser adaptada à realidade do cliente, resolvendo demandas específicas.
Já a SmartBrain, terceira mais votada pelo público, consolida o portfólio de investimento dos clientes e faz o monitoramento da carteira. Lançada em 2006 por Cassio Bariani, que também fez a apresentação no Pitch Day, a empresa oferece serviços que permitem comparar produtos, simular aplicações e fazer uma gestão inteligente dos ativos.
Os participantes avaliaram as startups em três quesitos: qualidade da solução; da apresentação; e aderência ao negócio.
Como fica o regulador?
Diante de tantas propostas inovadoras para o mercado, o papel do regulador é diminuir as incertezas para tornar o ambiente de negócios mais seguro e reduzir os custos que as instituições têm para cumprir as normas, segundo Mardilson Queiroz, do Banco Central. Ele reforçou que a autarquia está de portas abertas para os novos empreendedores e contou as ações recentes para implementar o open banking no Brasil no próximo ano.
Mardilson Queiroz, do BC, durante apresentação no Pitch Day ANBIMA
Já a CVM quer tornar a regulação mais amigável às inovações tecnológicas por meio da implementação do sandbox regulatório. “Quando pensamos nos inúmeros desafios que um empreendedor enfrenta, o regulatório é um deles. Ele pode esbarrar em atividades que já são reguladas pelo mercado, ou, às vezes, não compreende determinados conceitos ou tem acesso à consultoria jurídica, o que pode matar algumas iniciativas logo no início”, explica Felippe Barretto, da CVM.
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O sandbox, que deve ser iniciado em 2020, é um ambiente experimental para colocar as novas ideias de negócios em prática, com alguns descontos regulatórios. Assim, é possível testar o projeto no “mundo real” para identificar (e resolver) possíveis problemas.
Seleção
Além das mais votadas, outras 13 fintechs apresentaram suas soluções no evento: Carteira Global, Cuore, D1, Lexio, Looplex, Murabei, Netlex, Original My, Shooju, Ubots e Wuzu. Elas foram escolhidas dentre um total de 61 startups inscritas.
As empresas podiam enviar propostas para resolver 20 problemas dos segmentos de estruturação de ofertas, distribuição e negociação. Os desafios foram previamente identificados pelo nosso Grupo Consultivo em conversas com o mercado. A maioria das startups inscritas estava relacionada à digitalização de documentos e contratos, comunicação com cliente, assinatura eletrônica e digital, tecnologias que reduzam custos, soluções com foco em open banking e suitability.