As taxas de acerto em cada um dos temas de nossos exames de certificação são temas do terceiro número do Relatório Certificações ANBIMA. As informações coletadas na base de dados mostram, por exemplo, que os profissionais que prestaram exames para a CPA-10 (Certificação Profissional ANBIMA – Série 10)  têm melhor desempenho em questões sobre fundos de investimento e maior dificuldade com os demais produtos de investimento. Os dados abrangem os exames aplicados a partir de 2007.

 

“Esperamos que esse relatório possa auxiliar no direcionamento tanto do estudo dos candidatos como na qualificação dos profissionais que já estão no mercado”, explica Ana Leoni, nossa superintendente de Educação.

 

O levantamento analisa cada um dos temas com base nos acertos dos profissionais aprovados e reprovados em nossos exames, permitindo avaliar os pontos que merecem mais atenção daqueles que ainda não conquistaram a certificação, assim como daqueles que foram aprovados e estão no mercado.

 

Para Ricardo Rocha, um dos professores responsáveis pela elaboração do conteúdo das provas, os profissionais precisam encarar a certificação como um instrumento que vai além da obrigatoriedade. “É preciso olhar para esses exames como uma forma de medir a sua capacitação em relação aos conhecimentos mínimos para exercer as atividades e utilizá-los como ponto de partida para melhorar o desempenho profissional”, diz. 

 

 

Nos exames da CPA-10, por exemplo, os candidatos aprovados acertaram 82% das questões sobre fundos de investimento, enquanto aqueles que foram reprovados só acertaram 55% delas. Na CPA-20 (Certificação Profissional ANBIMA – Série 20), o tema “Tributação” é o mais difícil. A média de acertos entre todos que prestaram o exame é de 64%. A taxa é baixa mesmo entre os aprovados (75%).

 

Na CEA (Certificação de Especialista em Investimentos ANBIMA), o tema mais difícil é “Fundamentos de Economia, Finanças e Estatística”, com uma média histórica de acertos de 63%. O resultado é influenciado pelo desempenho dos profissionais reprovados, que têm bastante dificuldade nestas questões, com apenas 53% de acertos.

 

As perguntas mais difíceis para aqueles que prestaram os exames da CGA (Certificação de Gestores ANBIMA) são as que cobram conceitos de micro e macroeconomia. A taxa de acertos é de apenas 56%. No segundo módulo, “Finanças Comportamentais” é considerado o assunto mais difícil, com 60% de acertos. Os aprovados mostram conhecimentos mais profundos em dois temais: “Finanças Corporativas” e “Modelos de Precificação”. Ambos têm históricos de 90% de respostas corretas nos módulos I e II, respectivamente.

 

O relatório também traz uma descrição detalhada do processo de elaboração dos exames, partindo da elaboração do programa detalhado de cada certificação, até o momento em que as questões são efetivamente aplicadas.

 

As perguntas são elaboradas baseadas em uma série de princípios da psicometria, que tem o objetivo de garantir que o exame avalie os profissionais adequadamente por meio de questões claras, objetivas e coesas.

 

“Por se tratar de um exame de certificação profissional, as perguntas não cobram um contexto estritamente teórico, mas situações do dia-a-dia de trabalho do público-alvo de cada exame”, explica Adriana Bauer, psicometrista responsável por nossos exames.

 

O processo de formulação de uma questão passa por cinco etapas detalhadas no relatório: formulação, avaliação psicométrica, validação, revisão e inclusão no banco de questões.

 

Após aplicadas, as perguntas são analisadas constantemente para avaliação de sua eficácia. Com esse monitoramento, as perguntas que apresentem estatísticas distorcidas são retiradas dos exames e passam por um processo de ajuste.