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Radar COP 30: presidente André Corrêa do Lago defende necessidade de devolver confiança a países

A partir desta edição, vamos acompanhar de perto o que você precisa saber sobre a COP no Brasil. Em meio ao noticiário crescente sobre o maior fórum global de negociações climáticas, vamos destacar aqui o que de mais importante está sendo anunciado e discutido na agenda pré-COP30. 

COP30 tem presidente

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Começamos com o anúncio do diplomata André Aranha Corrêa do Lago para a presidência da COP30 e Ana Toni como Diretora Executiva da COP 30. Caberá a André, negociador-chefe do Brasil nas conferências do clima desde 2023,  intermediar negociações entre os países, promover consensos e negociar acordos de forma imparcial para que a pauta avance para resultados significativos este ano. 

 Ao Jota, Corrêa do Lago reconheceu que a saída dos EUA do Acordo de Parisdificulta os trabalhos da COP, mas observou que o país “continua membro da Convenção do Clima, está saindo do Acordo de Paris. Então, há vários canais que permanecem abertos”. Ao Estadão, o presidente da COP30 disse que a saída dos EUA abre espaço para que países emergentes liderem a agenda climática, citando os avanços feitos pela China. Em entrevista à CNN Brasil, o diplomata defendeu a necessidade de devolver a confiança aos países, empresas e pessoas de que é possível combater a mudança do clima. 

Conferência da ONU debaterá financiamento climático em junho 

Foi divulgado o rascunho zero da 4ª Conferência Internacional das Nações Unidas sobre Financiamento para o Desenvolvimento, que reunirá lideranças globais de países e do setor financeiro em Sevilha (ES) entre 30 de junho e 3 de julho. 

A última edição do fórum ocorreu há dez anos, em Addis Ababa, na Etiópia, quando foi definida uma agenda para alinhar os fluxos e políticas de financiamento com as prioridades econômicas, sociais e ambientais para atingir os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) definidos na Agenda 2030. O acordo foi assinado por 193 países, entre eles o Brasil.

A 4ª Conferência  da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável tem sido considerada um evento pré-COP30 decisivo para avançar nas negociações sobre o financiamento climático e a reforma da arquitetura do sistema financeiro internacional, já que reunirá representantes de alto nível de todos os governos, organizações internacionais e regionais, instituições financeiras e comerciais, empresas, sociedade civil e agências das Nações Unidas. Com 29 páginas, o documento é resultado de duas rodadas prévias de negociaçãoe ainda passará por uma terceira, em fevereiro, na sede da ONU, em Nova York.