Depois do "inverno cripto", vem aí primavera DeFi, diz Alex Tapscott
A DeFi será o sistema financeiro da futura economia da internet, e os ativos digitais já estão alimentando novas indústrias no mundo todo. Em um cenário de “inverno cripto”, como é chamada a grande queda de valor das criptomoedas e criptoativos e a quebra de muitas startups a reboque da crise, há o risco da “cauda" do preço das criptomoedas “abanar o cachorro” da blockchain e da Web 3.0 . Ou seja, na confusão, não se pode tirar o olho da bola.
Quem diz é Alex Tapscott, cofundador do Blockchain Research Institute, em Toronto, junto com o pai, o conhecido escritor e consultor Don Tapscott. Atualmente, Tapscott “filho” é diretor administrativo do Ninepoint Digital Asset Group, e ativo palestrante e escritor.
Seu livro mais recente (saiu em julho de 2022) é Digital Asset Revoluton - How blockchain is decentralizing finance and disrupting Wall Street, uma coleção de ensaios sobre nove principais conceitos das Finanças Descentralizadas, organizada para líderes de negócios não familiarizados com o ecossistema blockchain. Uma tecnologia que Tapscott descreve como “os blocos de montar da disrupção”.
O livro é o jeito que Tapscott encontrou de evitar que a “cauda balance o cachorro”, como ele mesmo descreve nesse artigo escrito para a Forkast News . “Se você olhar além das oscilações diárias do mercado, verá que as bases estão sendo lançadas para uma nova indústria de serviços financeiros e de internet baseada em ativos digitais e blockchain”, escreve.
Os “invernos criptográficos”, diz Tapscott, são sempre o melhor momento para aperfeiçoar os conceitos principais e construir para o futuro. “A última baixa do mercado trouxe a revolução do token não fungível (NFT), as finanças descentralizadas (DeFi), as stablecoins e os jogos play-to-win”, sinaliza o escritor.
E o que virá desse inverno de 2022? “Acredito que esse mercado em baixa lançará as bases para que a Web3 alcance todo o seu potencial e seja amplamente utilizada globalmente por quase todos”, diz ele. E para alimentar essa revolução, Tapscott aposta em nove classes diferentes de ativos digitais, todos habilitados pelo blockchain, que são tratados no livro.
São eles: criptomoedas, tokens de protocolo, tokens de governança, tokens não fungíveis (NFTs), tokens de câmbio, tokens de valores mobiliários, stablecoins, tokens de ativos naturais e moedas digitais do banco central (CBDC).
Estamos falando de ativos que vão impactar as atividades de armazenamento de valor, movimentação de valor, empréstimo de valor, financiamento e investimento, troca de valor, seguro de valor e gerenciamento de risco, análise de valor, contabilidade e auditoria de valor e autenticação de identidade.
“A DeFi está a caminho de se tornar o sistema financeiro da nova Internet e da economia digital, reimaginando todos os aspectos dos serviços financeiros peer to peer e on-line. A DeFi tem sido resiliente diante da pressão do mercado em baixa, em forte contraste com os credores centralizados da BlockFi”, diz ele. “A força imparável dos ativos digitais está em rota de colisão com os gigantes da Web2 como Facebook e Amazon, assim como bancos, governos e outras instituições poderosas da economia de hoje. O impacto será espetacular”, prevê. “Mas tem luz no fim do túnel”.
Para o seu radar
Para refletir: Chad Barraford líder de tecnologia da THORChain, explica por que as exchanges descentralizadas (DEXs) pode ser a chave para a adoção em massa da DeFi.
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