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2023#16: A IA que você não pode ignorar
Regulação Internacional

2023

#16: A IA que você não pode ignorar

A IA cresce e aparece nos negócios

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Desde novembro do ano passado, quando o ChatGPT abriu suas portas para ser usado de forma gratuita, uma espécie de "efeito turbo" atingiu o mercado. Previsões trilionárias sobre o impacto da inteligência artificial na economia foram revisadas, à luz de novos usos potenciais e transformações em todas as verticais econômicas que a IA generativa (também chamada de GenAI) sinaliza.
 
Em um relatório recente – The economic potential of generative AI: The next productivity frontier – a McKinsey estima que a GenAI pode aumentar de 15% a 40% o impacto de toda a inteligência artificial na produtividade global. Em números, significa dizer que ela pode agregar, anualmente, entre US$ 2,6 trilhões e US$ 4,4 trilhões à economia, nos 63 casos de uso analisados pela consultoria. O valor, segundo a McKinsey, pode duplicar se incluirmos o impacto da GenAI embutida nos softwares tradicionais para negócios utilizados hoje.
 
No mercado financeiro, as previsões são igualmente otimistas. Segundo a MarketResearch.Biz, o tamanho do mercado de GenAI em finanças, estimado em US$ 1,39 bilhão em 2022, vai ultrapassar US$ 27,4 bilhões até 2032, com uma taxa de crescimento CAGR de 35,70% a partir de 2023.
 
A IA generativa pode ser usada para analisar grandes volumes de dados, como preços de ações, volumes de negociação e outros indicadores de mercado, e gerar novos insights para decisões de investimento, gestão de riscos e combate à fraude. Em um contexto mais amplo, a GenAI pode criar dados sintéticos imitando dados financeiros do mundo real para treinar modelos de aprendizado de máquina a reconhecer padrões, identificar tendências e fazer previsões.
 
Segundo a McKinsey, se todos os casos de uso potencial no setor bancário fossem aplicados, a GenAI poderia agregar de US$ 200 bilhões a US$ 340 bilhões anualmente. Lembrando que, segundo o Insider Intelligence, o uso da IA "tradicional" no setor bancário global já representa, em 2023, uma redução potencial de custos da ordem de US$ 447 bilhões.
 
Faça tudo, menos ignorar
 
Não dominar a IA pode ser fatal para as empresas, sinaliza o relatório Most Innovative Companies 2023, produzido pelo terceiro ano consecutivo pelo Boston Consulting Group. No relatório de 2023, a IA é considerada uma tecnologia-chave para as empresas líderes em inovação, e o foco agora está em como as companhias estão aproveitando essa tecnologia para gerar valor comercial real e inovação produtiva – confira no gráfico abaixo.

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Os analistas afirmam que estamos adentrando um novo mundo, em que as possibilidades de interação e experimentação com a IA estão se expandindo rapidamente. O relatório revela que a maioria das empresas inovadoras (61%) já investiu em IA, superando outros investimentos tecnológicos. No entanto, embora muitas empresas tenham implementado a IA em diferentes áreas (83%), nem todas (45%) conseguiram traduzir esse uso em um impacto significativo nos negócios.
 
Empresas bem-sucedidas no uso da IA normalmente investem 10% de seus recursos em algoritmos, 20% em tecnologia e 70% em pessoas, além de incorporarem a IA aos processos de negócios.
 
Entre os casos de uso mais comuns, adotados por 54% das empresas, estão a análise de tendências de mercado e atividades dos concorrentes. Os três principais casos de uso, com maior impacto, são a priorização de portfólio (40% das empresas obtêm impacto ao implementar IA para esse fim), identificação de players com potencial de inovação externa (38%) e previsão de tendências de mercado e atividades dos concorrentes (37%).
 
A conferência Reuters Momentum Summit on Artificial Intelligence, realizada nos dias 11 e 12 de julho, em Austin (Texas), reuniu mais de 250 líderes de negócios, tecnologia e regulação para alinhavar as tendências em IA. 
 
No evento, Bradley Peterson, vice-presidente executivo e diretor de TI da Nasdaq, contou como a bolsa de valores está experimentando o uso da GenAI, por enquanto a portas fechadas. Enquanto a TI testa o uso da tecnologia para escrever código, a divisão de negócios Verafin experimenta detecção de fraudes e identificação de cheques falsificados. “Haverá uma corrida contra os deepfakes”, disse Peterson.
 
Apesar de usar IA por anos, o trabalho mais recente da Nasdaq com GenAI permanece experimental; nenhum código elaborado pela IA foi publicado, disse Peterson. Os advogados da Nasdaq estão negociando com os fornecedores que possuem a produção final, disse ele.
 

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