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2022#05: A grande fusão do Ethereum e o DeFi como norte do BC
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2022

#05: A grande fusão do Ethereum e o DeFi como norte do BC

A grande Fusão do Ethereum

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Quando a moeda que você usa é basicamente um programa de computador, e é a segunda criptomoeda mais valiosa do mundo (market cap de US$ 231 bilhões), a proximidade do dia de virar a chave do maior upgrade de software em toda sua história pode deixar um certo clima de tensão e euforia no ar.

Esse é o enredo do The Merge (A Fusão), a grande atualização na rede Ethereum, em gestação há anos e finalmente programada para acontecer entre 15 e 19 de setembro. Ela vai mudar a forma como as moedas são mineradas e autenticadas, e reduzir em 99,95% o consumo de energia para validar e custodiar as mais de 121 milhões de ether (ETH) em circulação atualmente e as que vierem no futuro. Também vai aumentar a segurança e a velocidade das transações.

 Mas, afinal, o que vai acontecer?

A principal mudança é no algoritmo de consenso da blockchain que libera novas moedas. Até agora a Ethereum vem usando o mecanismo de prova de trabalho (Proof-of-Work, ou PoW), o mesmo usado pelo Bitcoin. O PoW exige que os mineradores usem poder computacional (daí o consumo de muita energia) para competir na resolução de problemas matemáticos complexos. Quem resolve primeiro ganha o direito de "validar" um bloco na cadeia e recebe como recompensa 2 ether para cada bloco verificado (no Bitcoin são 6,25 moedas).

Com o Merge, a Ethereum vai mudar o algoritmo de consenso para prova de participação (Proof-of-stake, ou PoS), no qual os blocos são gerados pelos próprios detentores da moeda digital. Os mineradores passarão a ser validadores (stakers) e não precisarão mais resolver quebra-cabeças criptográficos para verificar novos blocos. 

 Em vez disso, eles depositarão ETH em um pool (precisam travar um mínimo de 32 ether) para entrar em um sorteio que lhes dá direito a verificar o próximo bloco e ganhar a recompensa. Mais ou menos como um bilhete de loteria, sendo que cada ETH é um número. O PoS troca a força bruta computacional pelo capital do minerador, daí a redução drástica do consumo de energia.

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Por que se chama Fusão?

Porque a blockchain Ethereum, conhecida como "mainnet", é extremamente complexa, e essa mudança exige testar todos os processos para evitar erros e bugs que poderiam travar todo o ecossistema. Em dezembro de 2020 foi criada uma blockchain paralela, chamada Beacon Chain (gráfico acima). Enquanto a mainnet continuou funcionando em PoW, os programadores testaram o PoS na Beacon Chain, submetendo o algoritmo a todo tipo de estresse. Com o sinal verde para virar a chave, a Beacon Chain vai se fundir com a mainnet, recebendo todos os dados da rede principal e tornando-se a nova rede. Daí o nome.

 Proposta em 2013 pelo programador de computador russo-canadense Vitalik Buterin, a rede Ethereum entrou em funcionamento em 2015. A ideia, como concebeu Buterin, vai além de ser uma plataforma de software baseada em blockchain para enviar e receber valor com uma criptomoeda nativa. A Ethereum foi projetada para que os desenvolvedores também pudessem criar aplicativos descentralizados (dapps) e tornou-se parte fundamental da DeFi, permitindo a criação de smart contracts e o nascimento dos NFTs, por exemplo.

PARA O SEU RADAR

 Vale checar o guia completo do The Merge no site da Ethereum.

⚡️ Como é calculada a redução do consumo de energia na Ethereum depois da mudança de PoW para PoS.

 Os impactos da grande fusão já se fazem sentir no preço do ETH, bem à frente da recuperação do bitcoin

 Artigo: Cinco coisas que você deve saber sobre a grande fusão.

Ricos e Famosos: Vitalik Buterin vira capa da primeira edição em NFT interativo da revista Time (março de 2022)