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A pergunta no título desta newsletter, que inaugura a cobertura especial da COP 28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas) pela Conexão ESG, poderia ser respondida de diversas maneiras. Para os profissionais do mercado de capitais, uma das melhores respostas seria dizer que há um motivo de US$ 6,3 trilhões para acompanhar os debates que começam nesta quinta-feira, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O valor, correspondente a 7% do PIB global, representa o investimento anual até 2030 estimado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) para que sejam cumpridas as meta do Acordo de Paris de controlar o aquecimento global em 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais. Os recursos são necessários para a implementação de projetos ambientais e de transição energética em escala mundial.

A COP 28 terá como principal destaque o primeiro Global Stocktake (Balanço Global), mecanismo previsto no Acordo de Paris cujo objetivo é avaliar, a cada cinco anos, os avanços dos países signatários no cumprimento de suas metas, formalizadas em suas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas). 

A expectativa em relação ao documento não deve ser sobre os resultados em si, uma vez que a UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima) anunciou em setembro deste ano que a humanidade está a caminho de um aumento da temperatura média global entre 2,4ºC e 2,6ºC. O dado, divulgado durante a reunião de cúpula do G20, levou em consideração as NDCs dos 197 países signatários apresentadas na COP 27, que aconteceu no ano passado, no Egito.

O primeiro Global Stocktake é um instrumento fundamental para a busca de novos rumos. Isso envolve mais ambição na redução das emissões de gases com efeito de estufa (mitigação), construção de resiliência às mudanças climáticas (adaptação) e garantias de financiamento climático por agentes públicos e privados. 

Preços de ativos são influenciados por alterações nos fluxos de caixa, mudanças na volatilidade e no sentimento do investidor. Nesta primeira edição da série Conexão ESG: especial COP 28, trouxemos informações que auxiliarão você a compreender, com base nessas premissas, o que está em jogo nos debates que se encerram em 12 de dezembro.

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Boa leitura!