Volume de varejo e private totaliza R$ 4,5 trilhões em 2021
Em 2021, o volume financeiro total distribuído entre os segmentos private e varejo totalizou R$ 4,5 trilhões contra R$ 4,2 trilhões de 2020, o que equivale a um crescimento de 7,2% no período. A maior parcela deste volume continua alocada no segmento private, que tem participação de 38,2% (R$ 1,7 trilhões). Em seguida vem o varejo tradicional com 33,9 % e o varejo alta renda com 27,9%. No ano, a maior elevação no patrimônio foi do varejo alta renda - 11,1% - seguidos do private e do varejo tradicional com 6,0 % e 5,4% respectivamente.
O início do ciclo de alta dos juros a partir de março/21 favoreceu a alocação dos produtos de renda fixa, que responderam por 59% do volume no ano. Entre os mais relevantes, os CDBs, que representam 21,4% dos produtos de renda fixa distribuídos, apresentaram elevação de 15,8%, enquanto a poupança que corresponde à 37,1% do total da classe, teve um leve recuo de aproximadamente R$ 634 milhões. Entre os instrumentos de renda variável, as ações foram destaque e avançaram 5,2%, representando um aumento de R$ 32,5 bilhões.
No varejo alta renda, os títulos de renda fixa registraram aumento de 12,8% em 2021, representando 69% do total do segmento no final do período. O estoque de CDBs cresceu 13,1% em 2021, o que corresponde à 20% do volume total, o maior no segmento. Em seguida, as parcelas mais significativas são os fundos de RF com 18,4% e multimercados com 11,5% de participação. O primeiro obteve queda de 3,2%, enquanto os fundos multimercados cresceram 4,7% em 2021.
No private, os ativos de renda fixa avançaram 14,2% em 2021, porém, a maior parte do estoque ainda é de renda variável que representa 35,4% do total, seguido dos produtos híbridos com 29,3%. As debêntures e os CDBs apresentaram taxas de crescimento significativos (21,5% e 16,7% respectivamente). A maior parcela do estoque deste segmento corresponde às alocações dos fundos multimercados com 28,1% do total. Em relação à renda variável, as ações e os fundos de ações registraram aumento, porém em ritmo inferior ao ano anterior, mesmo assim, a parcela do estoque de ações é relevante, correspondendo à 26% do total do segmento.
O número total de contas teve queda de 4,0% em 2021, o que corresponde à 128,4 milhões de contas (não contabilizadas por CPF). O varejo tradicional, que representa 90,1% do total geral, recuou 5,2%. O Private também apresentou queda de 4,2%, mas representa uma base menor. Já o varejo alta renda registrou elevação de 8,1%. A queda do número de contas, sobretudo do varejo tradicional, ocorre em função do programa de auxílio emergencial que induziu a abertura de milhares de novas contas em 2020 e que apresentaram resgates no ano passado.