Prefixados acima de um ano registraram as melhores performances de julho
IRF-M 1+ não apresentava o maior retorno entre os subíndices do IMA desde dezembro de 2021
O IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcada a mercado, valorizou 0,47% em julho, acumulando retorno de 4,98% no ano. O destaque entre os subíndices foi do IRF-M 1+, que expressa uma carteira com vencimentos acima de um ano: ele apresentou a maior rentabilidade do mês, de 1,20%, o que não acontecia desde dezembro de 2021.
A performance positiva do IRF-M1+, que conta com duration de 640 dias úteis, sugere que parte dos investidores já possa ter convergido suas expectativas para patamares mais baixos de inflação no médio prazo, fato ratificado pela expectativa Focus para o intervalo entre 13 e 24 meses. Já o IRF-M 1 (que reflete os prefixados de até um ano) também apresentou variação positiva, de 1,05%, correspondendo a uma rentabilidade de 6,09% no ano.
Na ponta inversa, o IMA-B5+, que replica a carteira das NTN-Bs acima de cinco anos, teve o pior resultado entre os subíndices em julho, com recuo de 1,84%, acumulando variação de 0,16% no ano. Como a precificação desses papéis está correlacionada às expectativas de longo prazo da economia (a duration da carteira é de 2642 dias úteis), o resultado decorre das incertezas atuais dos investidores, sobretudo em função do ciclo eleitoral e das dúvidas quanto ao cenário externo e à manutenção do arcabouço fiscal doméstico.
No ano, a carteira do IMA-S (LFTs marcadas a mercado) manteve a melhor performance, com valorização de 6,75% no período – no mês, o índice variou 1,04%. O IMA-B5 (NTN-Bs até cinco anos), que se manteve estável em julho, vem em seguida, com 6,75%.
Entre os subíndices de títulos corporativos marcados a mercado e refletido no IDA (Índice de Debentures ANBIMA), apenas o IDA-DI (debêntures indexadas à taxa DI diária), que apresenta a menor duration, registrou retorno mensal positivo. Em julho, este índice avançou 1,13% e obteve variação de 7,7% no ano. O IDA-IPCA (debêntures indexadas ao IPCA) apresentou variação negativa de 1,04% no mês, com destaque para a queda do IDA-IPCA ex-Infraestrutura, que recuou 1,45%.