Carteiras de prazos mais longos voltam a registrar perdas em setembro
Em setembro, o IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, registrou retorno de 0,18% em setembro e rentabilidade acumulada de 10,59% no ano. O IMA-S, que reflete as LFTs em mercado com duration de um dia, voltou a apresentar a melhor performance entre os IMAs, com retorno mensal de 1%, seguido do IRFM-1, que variou 0,93% no mês. Já os prefixados acima de um ano, refletidos no IRF-M 1+, recuaram 0,15% no período, mas mantendo a melhor performance acumulada no ano entre os subíndices (12,82%).
Em contrapartida, a carteira de maior duration, o IMA-B5+, que reflete as NTN-Bs acima de cinco anos, recuou 1,92% em setembro. No acumulado no ano, este índice registrou variação de 12,08%. As carteiras do IMA-B-5, NTN-Bs com prazo até cinco anos, registraram retorno de 0,13%, acumulando 8,89% em 2023.
O perfil do rendimento dos índices em setembro, com os de maior duration apresentando rendimentos inferiores aos de índices de prazos mais curtos, refletiu os efeitos do aumento expressivo da curva de juros norte-americana de 10 anos nos mercados financeiros de todo o mundo, diante das dúvidas dos investidores em relação ao lento processo de desinflação e da percepção de piora do quadro fiscal nos Estados Unidos.
Em relação aos títulos corporativos, o IDA Geral, que reflete a carteira das debêntures marcadas a mercado, avançou 0,53% em setembro, com rentabilidade acumulada de 7,98% no ano. Como no IMA, a melhor performance entre os subíndices foi da carteira de menor duration. O IDA-DI, composto por debêntures indexadas à taxa diária DI, valorizou 1,33% e 8,89% no mês e no ano, respectivamente. Entre os papéis IPCA, as debêntures incentivadas, refletidas na carteira do IDA-IPCA infraestrutura, recuaram 0,78%, com retorno de 10,93% em 2023. O IDA-ex infraestrutura registrou rentabilidade negativa de 0,14%, mas com perda de 20,20% desde janeiro/23 em função do evento das Americanas.