Carteiras de longo prazo registram recuperação em junho
O IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, variou 0,95% em abril, acumulando no ano 2,37%. Todos os subíndices registraram retornos mensais positivos. O IMA-B5+, que reflete as NTN-Bs com prazo acima de cinco anos, mostrou recuperação no período – variação de 1,59%-, depois de apresentar perdas mensais em março e abril. Mesmo assim, este índice ainda registra perda no ano, na ordem de 2,85%. O IMA-B 5, que reflete as NTN-Bs com prazo até cinco anos, variou 1,05 % em maio, com acumulado no ano de 2,92%. Os índices de menor duration continuam registrando a melhor performance no ano
A recuperação das carteiras de longo prazo sugere mais um ajuste técnico do que uma melhora nas expectativas em relação à inflação e juros, já que permanecem dúvidas em relação à trajetória dessas variáveis. A elevação da curva de inflação implícita, que está embutida nos títulos prefixados, mostra que houve uma elevação relevante em todos os prazos. No vértice de um ano, a inflação implícita passou de 3,4% em março para 4,1% em maio. No longo prazo, o vértice de 10 anos aponta uma inflação implícita de 5,45% em maio, contra 5,0% no final de março.
Entre os títulos prefixados, o IRF-M 1 (prefixado até um ano) avançou 0,78% e no ano o retorno foi de 3,85%. A carteira de prefixados mais longos, o IRF-M 1+ (prefixados acima de um ano), variou 0,60% e 0,94%, no mês e no ano respectivamente. O IMA-S, carteira das LFTs em mercado e de menor duration entre os subíndices do IMA (um dia útil) variou 0,83% e mantém a melhor performance no ano (4,48%), resultado do ambiente de maior aversão ao risco que marcou os primeiros meses deste ano.
Os papéis corporativos também mostraram recuperação, sobretudo nos prazos mais longos. O IDA Geral, que que reflete a carteira das debêntures marcadas a mercado, variou 1,13% e 4,77% no mês e no ano, respectivamente.
As carteiras indexadas ao IPCA apresentaram retornos significativos. O IDA- IPCA ex-Infraestrutura (que não contempla as debentures que possuem isenção fiscal) apresentou a melhor performance no mês (1,62%), seguido do IDA IPCA Infraestrutura ( que refletem as debêntures com isenção fiscal) que avançou 1,36%. No ano, estes índices acumulam retornos de 3,30% e 3,31% respectivamente.
A carteira de menor duration (um dia útil), o IDA-DI, que contempla os papéis indexados ao DI diário, variou 0,96% e mantém a melhor performance do ano, com variação acumulada de 5,82%.