Carteira de NTN-Bs de longo prazo apresentam maior retorno em março
Em março, o IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, avançou 1,86% e já acumula no trimestre um ganho de 3,63%. Os resultados mensais chamam a atenção pelo desempenho mais favorável das carteiras de maior duration em relação às de menor prazo. O destaque foi o IMA-B 5+, carteira de NTN-Bs acima de cinco anos, que alcançou o maior retorno mensal entre os índices, 3,73%. O IMA-B5, que reflete as NTN-Bs de até cinco anos, variou 1,52% e registra a melhor performance no trimestre: 4,38% acumulado no ano.
Mesmo com a inflação desacelerando de forma gradual e apresentando resiliência no segmento de serviços, o mercado em março manteve incertezas no front doméstico – a despeito do anúncio do novo arcabouço fiscal – e no externo, sobretudo pela quebra de bancos nos EUA e na Europa. Entretanto, essa valorização das carteiras de maior duration pode indicar a percepção dos investidores de que o juro real ou o prêmio de risco está próximo do teto, o que cria incentivo para se adquirirem papéis mais longos no mercado secundário, induzindo sua valorização. Em 28 de fevereiro, as NTN-Bs de longo prazo estavam precificadas em torno de 6,45% de juros reais.
Em relação aos prefixados, o IRF-M 1+, de prefixados acima de um ano, registrou retorno de 2,67%, acumulando 4,23% no ano. As carteiras de curto prazo também apresentaram desempenhos positivos. O IRF-M 1, de prefixados de até um ano, e o IMA-S, que reflete as carteiras das LFTs, valorizaram, respectivamente, 1,23% e 1,15%.
Entre os títulos corporativos, o IDA Geral, que reflete a carteira das debêntures marcadas a mercado, avançou 1,36% em março, acumulando perda no ano de 0,93%. Da mesma forma que o IMA, o perfil de rentabilidade dessas carteiras foi mais favorável aos índices de prazos mais longos. O destaque foram as debêntures incentivadas, refletidas na carteira do IDA-IPCA infraestrutura, que se recuperou em relação ao mês passado e apresentou valorização de 2,36%, com retorno de 1,17% no ano. Já o IDA-ex infraestrutura registrou retorno mensal positivo (2,09%), mas distante de recuperar a perda de mais de 20% ocorrida em janeiro. O IDA-DI, carteira de menor prazo e composta de debêntures indexadas à taxa DI, apresentou ganho de 0,76% no mês.