Carteira de NTN-Bs até cinco anos registra melhor performance de fevereiro
Em fevereiro, o IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, registrou avanço de 1,03%. No ano, esse índice já apresentou retorno de 1,74%. Houve recuperação em todos os subíndices, porém as carteiras de duration mais curta, prefixada e indexada, mostram rentabilidade superiores às mais longas, o que sugere que os agentes ainda mantêm cautela nas suas estratégias diante das incertezas, sobretudo de ordem macroeconômica, que vêm ocorrendo nos últimos meses.
O destaque positivo foi o IMA-B5, carteira de NTN-Bs de até cinco anos, que registrou o maior retorno entre os índices, 1,41%, e já acumula a maior rentabilidade do ano (2,82%). Esse índice apresenta maior liquidez do que a carteira de NTN-Bs mais longas e a sua duration é de 459 dias úteis. O IMA-B5+, que representa as NTN-Bs acima de cinco anos (duration de 2566 dias úteis), variou 1,17% em fevereiro e acumula perda de 0,11% no ano. É o primeiro resultado mensal positivo desse subíndice desde outubro de 2022, já que as incertezas em relação ao arcabouço fiscal e da trajetória das curvas de juros de médio e longo prazo deterioraram as expectativas de retorno da carteira.
A perspectiva de os juros de curto prazo se manterem mais altos do que o previsto continua estimulando as carteiras de prazos mais curtos. O IMA-S, que reflete as carteiras das LFTs e que apresenta duration de um dia, registrou retorno positivo de 0,96% e acumula 2,12% no ano. Em relação aos prefixados, o IRF-M 1, prefixados até um ano, variou 0,98% e 2,09% no mês e no ano, respectivamente. Os prefixados acima de um ano, refletidos no IRF-M 1+, avançaram 0,79% e 1,51% nos mesmos períodos.
Entre os títulos corporativos, o IDA Geral, que reflete a carteira das debêntures marcadas a mercado, recuou 0,59% em fevereiro, acumulando perdas de 2,26% no ano. O destaque negativo ficou com as debêntures incentivadas, refletidas na carteira do IDA-IPCA Infraestrutura, que apresentou quedas de 1,17% e de 1,16% no mês e no ano, respectivamente. Já o IDA IPCA ex-Infraestrutura foi o único subíndice a ter retorno mensal positivo (0,37%), porém longe de recuperar a perda ocorrida em janeiro. No ano, esse subíndice apresenta perda de 28,29%. O IDA-DI, formado por debêntures vinculadas à variação da taxa DI e de menor duration, recuou 0,30% no mês.