Carteira de NTN-Bs acima de 5 anos registra perda em agosto
Em agosto, o IMA Geral, que reflete a carteira de títulos públicos marcados a mercado, registrou retorno de 0,63% e acumulou rentabilidade de 10,39% em agosto. O IMA-S, que reflete as LFTs em mercado e tem duration de um dia, apresentou a melhor performance entre os IMAs, com retorno de 1,18%, seguido do IRFM-1, que variou 1,15% no mês. Já os prefixados acima de um ano, refletidos no IRF-M 1+, variaram 0,59%.
Em contrapartida, a carteira de maior duration, o IMA-B5+, que reflete a carteira das NTN-Bs acima de cinco anos, recuou 1,27% em agosto. Mesmo sendo o índice de melhor desempenho no ano (14,28%), o IMA-B5+ não vem repetindo a trajetória do primeiro semestre. As carteiras do IMA-B-5, NTN-Bs com prazo até cinco anos, registraram retorno de 0,61%, acumulando 8,75% em 2023.
A melhor performance das carteiras de menor duration em detrimento das mais longas revela que as expectativas inflacionárias de médio e longo prazos ainda se encontram desancoradas diante das incertezas que se acirraram a partir da segunda quinzena de agosto.
Até o dia 18 de agosto, o acumulado mensal do IMA-B5+ estava positivo em 0,62%. As sucessivas quedas diárias do índice a partir do dia 16 de agosto refletem as dúvidas dos investidores diante do resultado acima do previsto do IPCA de julho, da indicação do FED de que os juros se manterão em patamares elevados por mais tempo e das incertezas em relação ao equilíbrio fiscal, estas últimas em função do último resultado primário do governo e do ajuste fiscal concentrado em medidas somente do lado das receitas.
Em relação aos títulos corporativos, o IDA Geral, que reflete a carteira das debêntures marcadas a mercado, avançou 1,38% em junho, com rentabilidade acumulada de 7,41% no ano. Como no IMA, a melhor performance entre os subíndices foi da carteira de menor duration, o IDA-DI, composta de debêntures indexadas à taxa diária DI, que valorizou 1,44% e 5,46% no mês e no ano, respectivamente. Entre os papéis IPCA, as debêntures incentivadas, refletidas na carteira do IDA-IPCA infraestrutura, avançaram 0,57%, com retorno de 11,80% em 2023. O IDA-ex infraestrutura registrou rentabilidade de 0,64%, mas com perda de 20,09% desde janeiro/23 em função do evento das Americanas.