Volume de emissões alcança R$ 233 bilhões no primeiro semestre
Em junho, as emissões no mercado de capitais totalizaram R$ 49,4 bilhões, o que representa aumento de 8,6% em relação a maio. No primeiro semestre do ano, foram captados R$ 233 bilhões, 12,1% abaixo do mesmo período de 2021. As ofertas em andamento e aquelas em análise totalizaram R$ 47,4 bilhões e R$ 13,6 bilhões, respectivamente (desconsiderando o volume das ofertas de ações).
As operações de renda fixa concentram 86,6% das emissões do segmento, reflexo do ciclo de alta dos juros iniciado em março do ano passado e que ainda pode ter continuidade diante das sucessivas revisões das expectativas inflacionárias. No primeiro semestre de 2021, quando os juros variaram de 2,0% a 4,25 %, a parcela de captações em renda fixa era de 61% e as de renda variável representavam 29% do total.
As debêntures se mantêm como os títulos mais representativos do segmento. Em junho, a participação foi de 56% das emissões totais, correspondendo a um volume de R$ 27,6 bilhões. No semestre, esses papéis detiveram 57% das captações, o equivalente a R$ 133,8 bilhões, parcela bem acima do ocorrido no primeiro semestre do ano passado, quando registraram participação de 37% do total captado (R$ 98,9 bilhões).
Entre os subscritores, quase metade dos recursos (48,9%) foi direcionado para os intermediários e demais participantes ligados à oferta. Em seguida, os fundos de investimentos detiveram 39,8% do total colocado, aumentando sua parcela na comparação ao primeiro semestre do ano passado (34,8%). Na destinação dos recursos captados, capital de giro e refinanciamento de passivo detêm 60% do volume, com 36,7% e 23,6%, respectivamente. Os investimentos em infraestrutura corresponderam a 18,1% do total colocado.
Em relação aos produtos estruturados de renda fixa (CRI, CRA e FIDC), foram emitidos R$ 49,7 bilhões no primeiro semestre contra R$ 56,8 bilhões do mesmo período de 2021, o que corresponde a redução de 12,4%. Entretanto, a participação desses instrumentos no mercado de capitais se manteve nestes dois períodos, representando 21% do total de emissões.
No mercado de renda variável, os IPOs totalizaram R$ 406 milhões no semestre, volume originado de apenas uma operação, enquanto as emissões de follow-ons, ofertas subsequentes de ações, registraram volumes de R$ 5,6 bilhões em junho e de R$ 18,5 bilhões no ano.
No mercado externo, não houve captações em junho. No semestre, ocorreram 11 operações, que correspondem aos volumes de US$ 5 bilhões em renda fixa e de US$ 43 milhões em renda variável.