Emissões registram volume de R$ 26,2 bilhões em fevereiro
Em fevereiro, as emissões de mercado de capitais registraram captação de R$ 26,2 bilhões, uma elevação de 23% em relação ao mês anterior. No ano, o total emitido foi de R$ 47,5 bilhões contra R$ 63,7 bilhões do mesmo período do ano anterior, registrando queda de 25,4%. Vale atentar, entretanto, que as ofertas de R$ 22 bilhões das ações da Petrobrás em fevereiro/20 inflaram o volume emitido daquele período. As ofertas em andamento e análise totalizaram R$ 24,6 bilhões e R$ 9,9 bilhões, respectivamente (esta última desconsiderando o volume das ofertas de ações).
A captação de debêntures representou 48,3% do volume de fevereiro, correspondendo a R$ 12,7 bilhões, mais do que o dobro em relação a janeiro (R$ 4 bilhões). Os intermediários e demais participantes ligados à oferta representaram 65,9% das colocações, seguidos dos fundos de investimentos, com 19%.
Entretanto, ao contrário dos meses anteriores, a maior parte do direcionamento dos recursos das debêntures colocadas foi para os investimentos em infraestrutura – 36,9 % até fevereiro. No mesmo período do ano passado, essa alocação representava apenas 12,5% do volume ofertado. Esse resultado decorre, em grande parte, das 11 emissões de papéis de infraestrutura registradas no âmbito da Lei 12.431.
As operações de renda variável representaram 33,4% do volume total captado, correspondendo a R$ 8,8 bilhões. Deste montante, R$ 6,3 bilhões foram operações de follow-ons (ofertas subsequentes de ações) e R$ 2,5 bilhões referem-se aos IPOs (ofertas iniciais de ações). Vale ressaltar que, entre as ofertas em andamento pela Instrução CVM 400 (ofertas precificadas, mas que ainda não foram encerradas), há a previsão de R$ 16,7 bilhões referentes a operações de IPOs que devem ser liquidadas nos próximos meses.
Os maiores subscritores de ações foram os fundos de investimentos, com 54% do volume colocado, seguidos dos investidores estrangeiros e demais investidores institucionais, com 30% e 13,6%, respectivamente. Cerca de 58,7% do montante captado foi direcionado para a aquisição de ativos e atividades operacionais, seguido de aquisição de participação acionária, com 27,6%.
Os fundos de investimentos imobiliários registraram volume de R$ 1,3 bilhão, 80,2% abaixo do montante emitido em janeiro. No ano, acumulam um total emitido de R$ 7,6 bilhões, 6,6 % acima do que foi registrado no mesmo período em 2020.
No mercado externo, as captações totalizaram US$ 1,4 bilhão em fevereiro contra US$ 5,2 bilhões em janeiro, todas originadas de operações de renda fixa. No ano, já totalizam US$ 6,6 bilhões contra US$ 9,5 bilhões do primeiro bimestre do ano passado.