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Boletim de Mercado de Capitais

Debêntures já representam quase 50% das emissões de 2019

O mercado de capitais doméstico registrou captação de R$ 240,1 bilhões este ano (até agosto), 38,7% superior ao volume captado de R$ 173 bilhões no mesmo período do ano passado. A expectativa dos agentes é de que a boa performance deste ano se mantenha nos próximos meses diante do volume expressivo de emissões que ainda estão em análise pela CVM. As debêntures representam quase metade desse total emitido, com 48,9% – o que equivale ao montante de R$ 117,4 bilhões – seguido da distribuição secundária de ações (follow-on), com 21% do total (R$ 49,5 bilhões).

 

Grafico_Emissoes.jpg

 

Os investidores institucionais são os principais demandantes nas ofertas públicas de debêntures, com 62,9%, seguidos dos intermediários e demais participantes ligados à oferta, com 33%. Nas operações 476, predominantes no mercado, a participação dos investidores institucionais representa 64,8%, um avanço relevante na comparação com a parcela do mesmo período do ano passado, que era de 59,4%. Em relação às ofertas das debêntures de infraestrutura, emitidas por meio da Lei 12.431, os investidores institucionais representam 48,3% do volume, enquanto as pessoas físicas, que têm isenção de Imposto de Renda, detêm 30,5% das emissões colocadas.

 

Grafico_Subscritores.jpg

 

 

Até agosto, o volume emitido dos fundos de investimentos imobiliários em 2019 foi de R$ 16,3 bilhões contra R$ 10,5 bilhões do mesmo período do ano passado, o que corresponde ao aumento de 56%. Os maiores detentores nas ofertas públicas desse instrumento foram as pessoas físicas, com 53,8%, seguidas dos investidores institucionais, com parcela de 41,1%.

Até o fechamento das captações em agosto, o total de emissões somou R$ 16,8 bilhões, queda de 59% em relação a julho, que registrou R$ 40,9 bilhões de volume emitido. A participação das debêntures ainda é predominante, com 76,5% do volume colocado em agosto. Outros destaques foram a participação dos fundos de investimentos imobiliários, com 12,6% do total captado (R$ 2,1 bilhões), e a ausência de emissões de ações, sobretudo das follow-ons, que vinham registrando o maior ritmo de aumento de colocações deste ano, já respondendo por 21% das emissões de 2019.

Refletindo as incertezas do cenário econômico externo, nas operações no mercado externo foi registrada apenas uma operação em agosto, correspondente a um volume de US$ 500 milhões em bonds de renda fixa. O total captado foi de US$ 16,2 bilhões, 5,7% superior ao volume de 2018 (US$ 15,4 bilhões).