Fundos de renda fixa representam mais da metade do saldo líquido em 2021
Em outubro, a indústria de fundos apresentou captação líquida de R$ 15,7 bilhões, registrando saldo de R$ 420,9 bilhões em 2021. A classe renda fixa liderou em entrada líquida no mês, mas houve redução no fluxo de recursos, saindo de R$ 35,8 bilhões em setembro para R$ 17,4 bilhões em outubro. Ainda assim, o resultado no ano indica que esses fundos seguem atrativos, sendo responsáveis por mais da metade do saldo de toda a indústria no período (R$ 255,2 bilhões).
Pela segunda vez neste ano, os fundos de ações exibiram resgates. Em outubro registrou-se saída de R$ 6,1 bilhões líquidos, sendo superior ao de setembro (-R$ 2,2 bilhões). Com isso, o saldo de 2021 foi reduzido para R$ 2,6 bilhões. A pior performance do índice Ibovespa (-6,74% em outubro) e a quarta queda consecutiva desse benchmark contribuíram com reflexos negativos sobre a captação desse segmento. Entre as subcategorias, os fundos classificados como ações livres, que não têm o compromisso de concentração em uma estratégia específica, foram os mais impactados, somando resgates de R$ 3,6 bilhões no mês.
A classe multimercados encerrou o mês com resgate líquido de R$ 12,5 bilhões e diminuiu sua captação líquida para o ano (R$ 69,6 bilhões), ficando somente atrás dos fundos de renda fixa e FIDCs (R$ 83,4 bilhões). Da mesma maneira que nas ações, os fundos denominados livres registraram baixas: dessa subcategoria saíram R$ 8,6 bilhões líquidos em outubro.
Das rentabilidades mensais, a média dos fundos de renda fixa ficou em 0,27%, com máxima de 1,94% (Renda Fixa Dívida Externa) e mínima de 1,60% negativo (Renda Fixa Indexados). Nas ações, as 12 subcategorias ficaram com rendimento negativo, e mais da metade destas tiveram desempenho abaixo da média (-7,75%). Por último, o rendimento máximo dos multimercados foi de 2,04% (Estratégia Específica), enquanto o mínimo ficou em negativo de 3,86% (Long and Short Direcional).