Fundos de investimento voltam a registrar captação líquida negativa em fevereiro
Em fevereiro, pelo quarto mês consecutivo, a indústria de fundos de investimento registrou resgates líquidos, desta vez na ordem de R$ 28,6 bilhões. Os maiores volumes financeiros saíram das classes multimercados, renda fixa e ações, que, juntas, somaram saídas líquidos de R$ 28,7 bilhões. No ano, a captação acumulada mostra um saldo negativo de R$ 55,3 bilhões na indústria.
Na renda fixa, houve reversão do resultado positivo do mês anterior – de uma captação líquida de R$11,1 bilhões em janeiro, passou para um resgate líquido de R$ 7,5 bilhões em fevereiro. Entre os tipos mais representativos, foram observadas saídas líquidas nos tipos duração média grau de investimento (4,21 bilhões) e duração baixa grau de investimento (R$ 4,19 bilhões). Em contraponto, o renda fixa simples obteve a maior captação líquida da classe, com R$ 5,3 bilhões.
Os multimercados tiveram o maior resgate líquido da indústria em fevereiro, na ordem de R$ 15 bilhões, com todos os tipos registrando perdas em suas captações. As maiores ocorreram no tipo livre, de maior PL (patrimônio líquido) da classe e sem compromisso de concentração em alguma estratégia específica, e no tipo investimento no exterior. Estes dois tipos registraram, respectivamente, saídas líquidas de R$ 8,7 bilhões e de R$ 2,8 bilhões.
No segmento de ações, o saldo negativo foi de R$ 6,2 bilhões e quase todos os tipos apresentaram perda, com exceção do tipo indexados e fechado de ações. O maior resgate líquido foi de R$ 3,7 bilhões no tipo ações livre, de maior PL dentro da classe.
Entre os tipos com os PLs mais significativos na renda fixa, o duração baixa soberano e o duração baixa grau de investimento avançaram 0,86% e 0,80% respectivamente, enquanto o duração livre grau de investimento variou 0,85%. Nos multimercados, o tipo macro avançou 0,20% enquanto o tipo livre recuou 0,20%. Entre os fundos de ações, todos os tipos registraram perdas mensais, com recuo de 5,67% no tipo ações livres.