Fundos de investimento têm captação líquida de R$ 3,7 bi em agosto
Em agosto, os fundos de investimento apresentaram captação líquida de R$ 3,7 bilhões. No entanto, a indústria ainda registra saída líquida de R$ 6,5 bilhões nos oito primeiros meses de 2022. Com a perspectiva de que os juros permaneçam elevados, as classes de maior disposição ao risco vêm perdendo recursos ao longo do ano, enquanto as carteiras mais conservadoras têm registrado entrada líquida de recursos.
Os fundos de renda fixa apresentaram R$ 18,5 bilhões em captação líquida no mês. Entre os tipos, o renda fixa duração baixa grau de investimento – de patrimônio líquido mais representativo da classe (R$ 686,8 bilhões) – registrou o maior saldo (R$ 15,3 bilhões) no período. No ano, esta classe teve R$ 103,7 bilhões em entrada líquida.
Com relação à classe ações, a captação líquida foi negativa de R$ 5,5 bilhões, sendo R$ 2,9 bilhões correspondem à saída líquida do tipo ações livre – o de maior patrimônio líquido (R$ 216 bilhões). Até agosto de 2022, os fundos de ações vêm apresentando saldo negativo de R$ 54,7 bilhões.
Os multimercados registraram resgates líquidos de R$ 1,8 bilhão no mês. Os multimercados livre, segundo tipo mais expressivo em patrimônio líquido da classe (R$ 560,2 bilhões), foram responsáveis por saída de R$ 11,1 bilhões. No acumulado do ano, a classe tem saldo negativo de R$ 73,8 bilhões.
Mesmo com perdas ainda no ano, os fundos ações e multimercados apresentaram retornos positivos em agosto. O tipo ações livre, mais representativo da classe, rentabilizou 1,70% e 2,21%, no mês e neste ano, respectivamente. O tipo investimento no exterior dos multimercados, apesar de rentabilizar 3,39% em agosto, já desvaloriza 10% em 2022. Por outro lado, o duração baixa grau de investimento da renda fixa variou positivamente em 1,20% no mês e já acumula 8,06% no ano.