Fundos de ações têm saída líquida pelo quarto mês consecutivo
Em outubro, os fundos de investimento apresentaram captação líquida negativa de R$ 4,4 bilhões. Os resgates foram mais expressivos nas classes renda fixa e ações – a última registrou saída líquida pelo quarto mês consecutivo. No ano, o saldo da indústria de fundos continua negativo, em R$ 13,6 bilhões.
O fluxo de recursos permaneceu desfavorável para a classe ações, com captação líquida negativa de R$ 4,5 bilhões, chegando ao quarto mês no vermelho. O tipo ações livres, que tem o maior patrimônio líquido da classe (R$ 225,2 bilhões), registrou a retirada líquida mais intensa em outubro, de R$ 1,4 bilhão – tendência que se confirma também no acumulado do ano. Diante dos juros em dois dígitos, os fundos de ações somam saques líquidos de R$ 62,4 bilhões em 2022.
Os fundos de renda fixa completaram dois meses com retirada líquida de recursos. Em outubro, a classe registrou saída de R$ 5,2 bilhões líquidos. O tipo duração baixa grau de investimento, o mais representativo em patrimônio líquido (R$ 695,3 bilhões), reforçou esse fluxo, com saldo negativo de R$ 6,8 bilhões no período. No ano, esses fundos acumulam captação líquida positiva de R$ 90,1 bilhões.
A captação líquida negativa de R$ 965,7 milhões dos multimercados foi relativamente mais tênue. O tipo investimento no exterior, de maior patrimônio líquido da classe (R$ 714,2 bilhões), contribuiu positivamente com R$ 382,3 milhões no período, revertendo as perdas de setembro, quando havia registrado saída de quase R$ 7 bilhões. Por sua vez, neste ano, os fundos multimercados apresentam saída líquida de R$ 76,4 bilhões.
Com relação às rentabilidades em outubro, os fundos de ações setoriais ficaram com a melhor performance da classe, de 7,32%. Nos multimercados, os balanceados destacaram-se com ganhos de 2,10% no mês. E, por fim, os fundos de renda fixa indexados apresentaram o maior retorno da classe, com 1,52% no período.