A indústria de fundos encerrou janeiro com captação de R$ 6,2 bilhões e acumula entrada líquida de R$ 189,4 bilhões nos últimos 12 meses.

O mês foi marcado pelas incertezas econômicas e políticas, sobretudo em relação ao surto de coronavírus e seu impacto no crescimento global. Mesmo assim, a captação líquida na classe ações voltou a bater recorde. No mês, essa classe apresentou entrada líquida de R$ 21,3 bilhões, um dos maiores valores da sua série histórica, e registra o 16º mês consecutivo sem resgate líquido de recurso. O tipo ações livre, que apresenta o maior PL da classe, foi responsável por 47% desse volume (ou R$ 10,1 bilhões), o seu 18º mês seguido de entrada de recursos.

Com captação líquida de R$ 8,7 bilhões em janeiro, a classe multimercados fica com o segundo melhor resultado no mês. O tipo multimercados livre apresentou a maior captação, tanto na classe como na indústria: R$ 10,3 bilhões. Já o tipo investimento no exterior encerrou o mês com resgate líquido de R$ 3 bilhões.

A classe renda fixa apresentou resgate líquido de R$ 19,4 bilhões, seu quarto mês consecutivo de saída líquida de recursos – no acumulado dos últimos 12 meses, essa classe registra saída de R$ 91,4 bilhões, o que mostra, em alguma medida, a busca dos investidores em alocar recursos nas carteiras com estratégias menos conservadoras. O tipo renda fixa duração baixa grau de investimento apresentou novamente o pior resultado, com resgate de R$ 15,3 bilhões.

Em relação às rentabilidades, os movimentos foram diversos, refletindo o ambiente mais incerto ao longo de janeiro. Dentro da classe ações, ao contrário do resultado negativo do Ibovespa (-1,63%), a maior parte dos tipos encerrou com rentabilidade positiva. O tipo ações livre rentabilizou 1,98% no período. Na classe multimercados, o tipo multimercado investimento no exterior encerrou o mês com ganho de 2,93%.