Aplicações em fundos cresce com renda fixa à frente
Em setembro, os fundos de investimento registraram captação líquida de R$ 22,1 bilhões, acumulando no ano saldo de R$ 390,6 bilhões. A renda fixa apresentou a maior captação mensal (R$ 34,9 bilhões) entre as classes e vem mantendo os maiores resultados ao longo do ano. Para a categoria, em média o fluxo líquido de recursos mensal cresceu 30% em 2021, tendo sido a maioria das variações acima do crescimento médio registradas após março – quando se iniciou o ciclo de elevação dos juros. Entre esses fundos, aqueles classificados como renda fixa simples foram destaque no mês (R$ 92,9 bilhões). E de janeiro a setembro foram os fundos de duração baixa soberano que ficaram com o maior superavit (R$ 159,3 bilhões). Esses movimentos confirmam uma alocação para carteiras de perfil mais conservador.
A classe das ações exibiu resgate líquido de R$ 3 bilhões no mês e R$ 7,8 bilhões no ano. O resultado é atribuído ao aumento do risco do índice Ibovespa, medido pela volatilidade anualizada, que atingiu a quarta maior máxima de 2021 neste mês (26,7%), ficando atrás somente dos três primeiros meses do ano, que foram marcados pela piora da pandemia. Em 2021, a redução da captação é potencializada pela amortização de um fundo de pensão que resgatou R$ 43,9 bilhões do segmento no período. Das 12 subcategorias, 9 tiveram saída líquida em setembro, destacando-se as ações livres com resgates de R$ 1,7 bilhão.
Os multimercados registraram saída líquida de R$ 13,4 bilhões em setembro, ainda assim mantêm a segunda maior captação líquida de 2021, R$ 77,3 bilhões. Entre os que compõem a classe, o tipo livre, segundo maior PL (R$ 578,0 bilhões), registrou captação líquida negativa de R$ 9,1 bilhões, embora continue apresentando entrada no ano (R$ 14,6 bilhões).
Em relação às rentabilidades, 15 das 16 subcategorias dos fundos de renda fixa mostraram resultado positivo no mês, vindo, durante o ano, a maior performance do tipo duração alta grau de investimento (8,41%). Enquanto isso, a queda de 6,6% do índice Ibovespa em setembro levou a desvalorização de todos os portfólios das ações. Nos multimercados, a rentabilidade média foi de 0,01% no mês, com máxima de 0,60% no período, atribuída ao tipo juros e moedas.