As emissões de debêntures incentivadas pela lei 12.431 atingiram R$ 96,1 bilhões de janeiro a setembro, recorde para o período na série histórica iniciada em 2012, de acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante já supera em 41,7% o valor contabilizado em todo o ano de 2023. Considerando apenas setembro, as empresas captaram R$ 7,9 bilhões por meio desse instrumento.

O setor de energia elétrica continua na liderança nos primeiros nove meses de 2024, respondendo por 38,1% das emissões, seguido de transporte e logística (25,9%) e saneamento (12,6%).

O prazo médio das debêntures incentivadas chegou a 12,8 anos no acumulado de janeiro a setembro, acima dos 7,9 anos contabilizados nas debêntures em geral (com e sem benefício fiscal) no mesmo intervalo.

“Os números mostram que as debêntures incentivadas vêm ampliando seu papel estratégico no financiamento de longo prazo das empresas brasileiras”, afirma Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa da ANBIMA. “E vale destacar o mercado secundário cada vez mais líquido. Isso ajuda a tornar o instrumento ainda mais atrativo, já que os papéis podem ser vendidos rapidamente, sem a necessidade de o investidor ter que carregar os títulos até o seu vencimento, que usualmente é mais longo do que o das debêntures sem benefício fiscal”, completa.

As negociações de debêntures incentivadas no mercado secundário totalizaram R$ 205,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2024, valor que supera em 59,1% o montante registrado em 2023 inteiro e ultrapassa também todos os anos anteriores da série histórica. Em setembro, o volume atingiu R$ 25,6 bilhões, o terceiro melhor resultado mensal do ano.

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DEBÊNTURES EM GERAL

As ofertas de debêntures com e sem incentivo fiscal no mercado primário somaram R$ 315,6 bilhões em 2024, batendo recorde para o período e superando em 33,4% o valor registrado em 2023 inteiro.

No mercado secundário, o volume de debêntures negociado de janeiro a setembro também atingiu um patamar inédito, de R$ 531,1 bilhões, ultrapassando em 19,5% o valor contabilizado em todo o ano passado.

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