Nova opção de investimento, COE simplificará acesso dos investidores ao universo de operações estruturadas
Com a regulamentação do COE (Certificado de Operações Estruturadas), anunciada hoje pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), os investidores brasileiros passam a contar com mais um instrumento para construírem estratégias sofisticadas de investimento, como, por exemplo, as que podem envolver referências de remuneração ligadas a vários tipos de ativos, como ações, taxas de câmbio e índices.
“Esse é um passo importante para o mercado brasileiro. Hoje, para atender necessidades mais complexas de investimento, as instituições geralmente precisam montar operações que envolvem a compra de ativos e derivativos. Com o COE, será possível atender à mesma necessidade com apenas um produto”, explica Angela Zago, presidente do Comitê de Produtos de Tesouraria da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O novo instrumento também estimulará a transparência no segmento de operações estruturadas, na medida em que explicitará em um certificado toda a estratégia de investimento. “Há ganhos de transparência para os investidores, que passam a monitorar apenas um instrumento, e para os reguladores, que têm uma ideia mais clara da exposição dos clientes”, comenta Angela.
Com o COE, a incidência e recolhimento da tributação também deverá ficar mais simples para o investidor. Atualmente, no caso de montar uma operação estruturada com diversos ativos, o cálculo e recolhimento dos impostos incidem individualmente sobre cada operação. Com o novo instrumento, a incidência, cálculo e recolhimento de impostos deverão ocorrer sobre o certificado.
“O COE surge em um momento muito propício. Os investidores estão se adaptando ao novo cenário de juros da economia brasileira, e buscando novas oportunidades de retorno e diversificação. O COE permitirá que as instituições ofereçam um leque grande de opções e estratégias de investimento customizadas para as necessidades dos clientes”, ressalta a presidente do comitê.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.