Mercado de capitais já representa 34% dos recursos destinados para investimentos no Brasil
Os recursos levantados pelas empresas no mercado de capitais já representam 34% dos investimentos no Brasil neste ano, de acordo com a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a partir do relatório do PIB divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Entre janeiro e setembro de 2019, foram emitidos R$ 282,0 bilhões via instrumentos do mercado de capitais, enquanto o investimento total no país chegou a R$ 833,8 bilhões. Na comparação ao mesmo período do ano passado, a participação das operações domésticas entre os recursos para investimentos avançou nove pontos base, e sobre 2017, quando houve o início do processo de redução dos subsídios do BNDES às companhias privadas, o crescimento foi de 15 pontos base. Considerando a série histórica da ANBIMA, iniciada em 2002, os resultados de 2019 só perdem para 2010, quando foi registrada participação de 34,9% (naquele ano, o PIB avançou 7,5%).
As debêntures são destaque em 2019. As emissões desse papel representam 15% dos investimentos do país, mantendo patamar atingido no ano anterior. As ações ainda têm participação menor, com 7% entre IPOs e follow-ons. “Ainda há um longo caminho a ser percorrido. A construção civil, por exemplo, está retomando suas atividades de forma mais sustentada, o que vai refletir em breve nos ativos com lastro neste segmento. O ideal é que a taxa de investimento cresça em maior ritmo nos próximos anos. Com esse novo mix de política econômica, certamente o mercado de capitais acompanhará a trajetória”, diz José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.