Fundos revertem resgates e têm captação líquida positiva de R$ 14,7 bilhões em julho
São Paulo, 8 de agosto de 2023 – Os fundos de investimento fecharam julho com captação líquida positiva de R$ 14,7 bilhões, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O resultado reverte um movimento de saída que vinha desde novembro de 2022.
“A previsão do início do ciclo de queda da taxa de juros pode ter contribuído com o desempenho da indústria de fundos. Com o passar do tempo, conforme a taxa caia e as incertezas econômicas diminuam, mais recursos devem entrar na indústria, principalmente nos fundos mais arriscados, que tiveram a atratividade impactada por conta da Selic em patamares mais altos”, explica Pedro Rudge, vice-presidente da ANBIMA. No mês, o patrimônio líquido bateu a marca de R$ 8 trilhões.
Após quatro meses de saídas líquidas, os fundos de renda fixa puxaram o resultado positivo da indústria em julho, com entradas líquidas de R$ 12,6 bilhões. O montante também marcou a maior captação da classe em 2023.
Os fundos estruturados e fundos de previdência também fecharam com mais aportes do que resgates. No caso dos estruturados, os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) registraram R$ 4,7 bilhões de entradas líquidas, os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), R$ 1,4 bilhão, e os ETFs (Exchange Traded Funds), R$ 826,9 milhões. Enquanto isso, a previdência teve R$ 4,4 bilhões de aportes líquidos.
Já multimercados, ações e cambiais ficaram no vermelho, com R$ 8,9 bilhões, R$ 261,6 milhões, e R$ 200,3 milhões de saídas líquidas, nesta ordem.
Rentabilidade no mês
Dentre os tipos com maior patrimônio líquido, os fundos de ações livres, que não têm uma estratégia de concentração específica, tiveram rentabilidade de 3,81% no mês. Nos multimercados, os fundos com exposição a investimento no exterior registraram retorno de 1,18%. Na classe de renda fixa, os fundos que investem em títulos públicos de curto prazo apresentaram alta de 1,12 %.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.