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Fundos fecham primeiro trimestre com saídas líquidas de R$ 39,8 bilhões

No primeiro trimestre de 2025, a indústria brasileira de fundos de investimento teve saídas líquidas de R$ 39,8 bilhões, de acordo com dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). O montante contrasta com as entradas líquidas de R$ 119,2 bilhões registradas nos três primeiros meses do ano passado. Neste mesmo período, o patrimônio líquido dos fundos alcançou R$ 9,4 trilhões, alta de 7,2% sobre o volume do fim de março de 2024.

A renda fixa, com captação líquida positiva de R$ 43,2 bilhões – abaixo do volume de R$ 134,4 bilhões do intervalo de janeiro a março de 2024 – não conseguiu compensar os resgates líquidos das categorias de multimercados e ações, com perdas de R$ 43,8 bilhões e R$ 27,3 bilhões no primeiro trimestre, respectivamente.

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“A desaceleração da renda fixa na comparação com o primeiro trimestre do ano passado e a continuidade de um movimento forte de resgates nas categorias de multimercados e de ações explicam o resultado negativo dos primeiros meses deste ano”, afirma Pedro Rudge, diretor da ANBIMA. “Apesar do ritmo menos intenso, no entanto, a renda fixa confirmou as expectativas e se manteve como o motor da indústria brasileira de fundos, puxada pela alta da Selic”, acrescenta.

Quando se comparam os resultados dos primeiros trimestres de 2025 e 2024, a perda de intensidade das entradas líquidas da renda fixa está relacionada aos fundos que têm crédito privado na carteira. No ano passado, eles contribuíram significativamente para a captação líquida positiva da categoria (R$ 346,6 bilhões de janeiro a outubro), mas a partir de novembro o movimento perdeu força, e houve resgates líquidos de R$ 51 bilhões até fevereiro. Isso aconteceu pela piora do cenário macroeconômico, que afetou o apetite dos fundos pela compra de títulos de crédito privado, e pela diminuição da rentabilidade.

Apesar da piora em termos de captação líquida, entretanto, os fundos de renda fixa de crédito privado mantiveram a tendência de aumento da participação na indústria: no fim de fevereiro eles representavam 13% do PL, três pontos percentuais acima da fatia de fevereiro de 2024.

FIDCs

Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) fecharam o primeiro trimestre com captação líquida negativa de R$ 15,1 bilhões, movimento que sofreu a influência da concentração de resgates em um único fundo. Quando ele é excluído da análise, a categoria de FIDCs apresenta uma entrada líquida acumulada de R$ 1,8 bilhão de janeiro a março.

“Considerando a tendência de fortes entradas registrada desde 2021 nesses fundos, é possível que o resultado mais tímido do primeiro trimestre tenha sido um movimento pontual e que a captação dos FIDCs ganhe tração ao longo do ano”, afirma Julya Wellisch, diretora da ANBIMA. “Esses fundos têm conquistado cada vez mais espaço na dinâmica de cessão de créditos no país e entre os investidores interessados em diversificar seu portfólio, com as carteiras dos FIDCs sendo compostas majoritariamente por direitos creditórios de empresas. Isso evidencia sua contribuição para o financiamento da economia real”, destaca Wellisch.

No ano até fevereiro (último dado disponível), a abertura das carteiras dos FIDCs com base em informações da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) mostra que 82,2% do patrimônio líquido da categoria, de R$ 588,2 bilhões, estava concentrado em direitos creditórios. Os títulos e valores mobiliários correspondiam a apenas 8,9% do patrimônio líquido. Em fevereiro, havia no mercado brasileiro 3.068 FIDCs.

Rentabilidades

Na categoria de renda fixa, os fundos do tipo renda fixa livre grau de investimento (fundos sem prazo definido em títulos públicos e papéis privados com risco de crédito mais baixo) tiveram a melhor rentabilidade no trimestre entre os tipos com os volumes mais expressivos de captação líquida, de 3% – empatando com o CDI. Na ponta oposta, o pior desempenho foi do tipo baixa soberano (carteira formada por títulos públicos federais de mais curto prazo), com 2,8%. 

Entre os multimercados, o tipo livre teve a maior rentabilidade no primeiro trimestre, de 2,7%, abaixo do CDI de 3%, mas acima do IHFA (Índice de Hedge Funds ANBIMA), de 0,9%. O pior desempenho na categoria, de 0,4%, foi de multimercados estratégia específica.

Sobre a ANBIMA

A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.