Financiamento via mercado de capitais reduz custos de dívidas das empresas em 2017
No ano passado, as 277 empresas brasileiras que levantaram recursos a partir de operações no mercado de capitais tiveram os custos de suas dívidas reduzidos na comparação àquelas que buscaram financiamento nos canais tradicionais de crédito bancário. Este resultado, apresentado em um estudo do Banco Central, a partir de dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), confirma a importância que o mercado de capitais já assumiu no financiamento das companhias. Em 2017, por exemplo, as emissões corporativas superaram os desembolsos do BNDES, o que reforça a recuperação gradual do investimento privado no país.
O menor acesso das empresas ao crédito bancário se acentuou a partir de 2014 com o agravamento da crise econômica. No ano passado, mesmo com o início de uma retomada na economia, houve recuo no volume de concessão de recursos pelos bancos em todas as modalidades: os novos empréstimos para as empresas reduziram 2,7% no ano, enquanto no crédito livre e no direcionado houve retrações de 0,6% e 17,7% nos volumes, respectivamente. Paralelamente, as operações no mercado de capitais somaram R$ 198,9 bilhões, com destaque ao volume de R$ 94,7 bilhões captado a partir de emissões de debêntures, 56,2% superior a 2016.
O trabalho Financiamento junto ao mercado de capitais e ao setor externo e estoque de endividamento das empresas está disponível no site do Banco Central. O balanço do mercado de capitais em 2017 pode ser conferido no Boletim de Mercado de Capitais da ANBIMA.
A ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) representa mais de 300 instituições de diversos segmentos. Dentre seus associados, estão bancos comerciais, múltiplos e de investimento, asset managements, corretoras, distribuidoras de valores mobiliários e consultores de investimento. Ao longo de sua história, a Associação construiu um modelo de atuação inovador, exercendo atividades de representação dos interesses do setor; de autorregulação e supervisão voluntária e privada de seus mercados; de distribuição de informações que contribuam para o crescimento sustentável dos mercados financeiro e de capitais; e de educação para profissionais de mercado, investidores e sociedade em geral.